Por marlos.mendes
Rio - Mais de 8% dos candidatos inscritos para a segunda fase do vestibular da Uerj deixaram de fazer as provas neste domingo. De acordo com a universidade, 3.664 estudantes faltaram, o que corresponde a 8,28% do total de 42.225 inscritos. As provas começaram às 9h e terminaram às 14h, mas os candidatos com direito a atendimento especial (portadores de necessidades especiais) puderam concluir o exame até as 15h.
Os candidatos enfrentaram três provas discursivas: Língua Portuguesa Instrumental com Redação, para todos os cursos, e duas provas de disciplinas específicas, de acordo com o curso escolhido pelo candidato. As notas serão liberadas em 18 de dezembro.
Funcionários da Uerj fazem protesto na porta durante o vestibularSeverino Silva / Agência O Dia

Lucas Campinho, de 18 anos, tentou vaga para Engenharia Ambiental. As greves na unidade não preocupam o futuro universitário. “Estudei no Colégio Pedro 2º e estou acostumado com greves. Nada me fará desistir da Uerj”, disse Lucas.

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Já Carlos Vinícius, também de 18, acha que a paralisação prejudica os estudantes, mas não desistiu de tentar uma vaga para Medicina na unidade. “São seis anos para me formar médico. Com a greve, posso levar até dez, e isso me faz pensar em ir até para uma faculdade particular”, contou ele.
De manhã, um grupo de funcionários da Uerj protestou na entrada da universidade por conta dos salários atrasados. Eles disseram que ainda não sabem quando vão receber.
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Novo papel da mulher vira questão
Na prova específica de História, os candidatos tiveram que comparar a mudança na condição feminina, ilustrada por princesas da Disney. Em 1937, a Branca de Neve era uma mulher conformada, que se ocupa dos afazeres domésticos, à espera do príncipe encantado. Já em 2013, e Elsa, de ‘Frozen’, é impulsiva e inconsequente, descobre que príncipes encantados não existem, toma as rédeas do destino e se torna a única rainha da Disney que não tem marido e que assume o reino sozinha. A questão pedia para analisar essa mudança e identificar o direito conquistado pelas mulheres a partir de 1930.
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Reportagem da estagiária Marina Brandão