Por felipe.martins, felipe.martins
Rio - Pressionado pela falta de dinheiro, o governador Luiz Fernando Pezão decidiu extinguir órgãos da administração e cortar a utilização de telefones celulares e de carros oficiais. Até secretários de estado deverão ser atingidos por essas duas últimas medidas.
Pezão confirmou que, para economizar, estuda também o fim de algumas secretarias. A notícia sobre as mudanças foi antecipada , no DIA Online, pelo 'Informe do DIA'. Nesta quinta-feira à noite, o governador participou de uma reunião com alguns secretários e assessores para definir o que pode ser cortado. Segundo ele, as medidas serão anunciadas na próxima segunda-feira.
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Uma das instituições mais castigadas pela crise econômica é a Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Uerj. Nesta quinta-feira, os médicos residentes do hospital universitários e alunos fizeram um protesto na Candelária, no Centro. Os residentes estão sem receber suas bolsas há dois meses. Eles estão em greve desde novembro.
Em assembleia, os professores da Uerj também decidiram entrar em greve. Entre as medidas adotadas pela categoria está o não lançamento do relatório de frequência e notas, além de participação na ocupação estudantil no campus Maracanã. Eles planejam fazer aulas públicas para informar a população sobre o drama damaior universidade estadual do Rio.
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No Hospital Universitário Pedro Ernesto, as cirurgias e consultas eletivas estão suspensas há duas semanas por falta de serviços de limpeza e pela greve dos residentes. Os médicos contam que estão se esforçando para manter centros cirúrgicos limpos, mas admitem que estão cancelando alguns procedimentos. 
Estado atolado em dívidas
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O déficit do estado tem tirado o sono do governador Pezão há quase seis meses. Desde julho, ele tem falado sobre os efeitos da crise econômica na arrecadação estadual, particularmente castigada pela redução nas receitas da exploração do petróleo.
A previsão é de que, em 2016, a arrecadação do Rio seja de R$ 79 bilhões, o que significa R$ 3 bilhões a menos do que o estimado para 2015. Só em outubro passado, a receita despencou 16% e o déficit do estado já soma R$ 16,3 bilhões.
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Para aliviar as contas e garantir os salários de servidores, o governo anunciou em novembro a suspensão do pagamento de 7.400 fornecedores. A medida provocou, por exemplo, a paralisação de serviços de limpeza em vários órgãos.