Nos bancos dianteiros, Cleiton Correa de Souza e Wilton Domingos Júnior, que dirigia o Pálio, foram atingidos por cinco e três disparos respctivamente. De acordo com o documento, ao qual O DIA teve acesso, Wesley sobreu duas fraturas expostas por causa da violência do impacto dos projéteis: uma no braço e outra na coxa.
Uma testemunha contou que os jovens estavam rendidos quando foram executados. Três policiais militares do 41º BPM (Irajá) respondem por homicídio culposo e fraude processual. Um outro PM responde apenas pela tentativa de colocar uma arma junto aos corpos das vítimas, para simular um confronto.
Em depoimento semana passada a deputados estaduais da CPI dos Autos de Resistência da Alerj, os PMs Thiago Resende Viana Barbosa, Marcio Darcy Alves dos Santos, Antonio Carlos Gonçalves Filho e Fabio Pizza Oliveira da Silva disseram que houve troca de tiros na região com traficantes e que estes também balearam o carro dos jovens mortos.
A testemunha que depôs na quarta-feira na 39ª DP (Pavuna) contou detalhes da abordagem. Segundo ela, os PMs ainda conversaram com Wilton, que estava ao volante e os jovens levantaram as mãos para cima, em sinal de rendição antes dos PMs começarem a atirar. A testemunha disse ainda que viu um dos PMs colocar uma luva cirúrgica e fazer disparos usando a mão de Wilton, que já agonizava, para simular o confronto