Por felipe.martins, felipe.martins
Rio - O governador Luiz Fernando Pezão declarou situação de emergência na saúde do estado. O objetivo é acelerar a arrecadação com ajuda do governo federal para solucionar a crise nas unidades estaduais. Ele afirmou ainda que irá recorrer do prazo que a Justiça determinou para que o estado devolva 12% da receita do ano ao Fundo Estadual de Saúde, porque segundo Pezão não há caixa para isto.
Para o secretário de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde, Alberto Beltrame, com a emergência decretada haverá mais conforto jurídico para repassar materiais para o Rio. Ele anunciou que 200 itens hospitalares serão doados, com valor equivalente a R$ 20 milhões. O governo depositará ainda mais R$ 45 milhões. Com essa verba, segundo o governador, será possível atravessar o Ano Novo com todas as unidades abertas.
Menino tem dificuldade para ser atendidoCacau Fernandes / Agência O Dia

Segundo Pezão, o estado já arrecadou R$ 297 milhões desde a última terça-feira. Além da verba federal, sairá mais R$ 100 milhões de um empréstimo da prefeitura, destinado aos hospitais Rocha Faria, em Campo Grande, e Albert Schweitzer, em Realengo. “Em conversa com os técnicos da saúde esse valor seria o suficiente para colocar as duas unidades em funcionamento. A ideia é que isso ocorra de imediato para que entre hoje e amanhã o atendimento possa ser restabelecido”, disse o secretário municipal de governo Pedro Paulo. De acordo com o prefeito, a escolha pelos dois hospitais é porque além deles, a Zona Oeste é atendida apenas pelo Hospital Pedro II, em Santa Cruz.

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O ministro da Saúde, Marcelo Castro, disse que os seis hospitais federais de média e alta complexidade (Andaraí, Bonsucesso, Cardoso Fontes, Ipanema, Lagoa e Servidores do Estado), incluindo três institutos federais, sendo um de oncologia, um de traumatologia e um de cardiologia, vão funcionar de forma integrada com hospitais das redes estadual e municipal.
O suporte deve amenizar o caos enfrentado pelas famílias. Como a de Daniela Dias. Após passar por duas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), de Rocha Miranda e de Irajá, ela buscou ajuda para o filho, Diogo Dias, 6 anos, no Getúlio Vargas. Com o braço quebrado, o menino só foi atendido com a presença da imprensa. “Disseram que só atenderiam emergência”,diz.
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Reportagens de Aline Cavalcante, Carolina Moura, Gustavo Ribeiro e Leandro Rezende