“Estamos comunicando às comissões de Segurança Pública e da Liberdade de Imprensa para cobrar da Polícia Civil. Ficou claro que houve uma tentativa de homicídio. O fotógrafo poderia ter morrido, pois caiu de uma altura de mais de quatro metros. E se não fosse o pulso quebrado, mas sim o pescoço?”, questionou, indignado o presidente da OAB, Felipe Santa Cruz.
Ainda segundo ele, a presença do profissional na praia pode ter ‘incomodado’ alguém, como um usuário de drogas. “Por que não empurraram um banhista? O fotógrafo só pode ter incomodado algum criminoso que reagiu desta maneira agressiva. Não é normal empurrar uma pessoa desta altura”, comentou.
Mercante, que fraturou os dois pulsos e teve luxações pelo corpo, foi socorrido e levado para o Hospital Miguel Couto. Com os dois braços engessados, Mercante terá que ficar 45 dias afastado de suas funções.
Para o advogado do Instituto de Defensores de Direitos Humanos, João Tancredo, o Ministério Público do Rio pode desconsiderar a autuação do crime. “Na dúvida se o autor tentou matar ou não o fotógrafo, se indicia pelo crime mais simples, pois é uma decisão séria do delegado. Cabe a ele avaliar. O MP, após o resultado do laudo e da conclusão do inquérito, pode indiciar o autor por tentativa de homicídio”, explicou.