De acordo com o MP, 13 pessoas foram denunciadas e a operação também cumpre 24 mandados de busca e apreensão. Segundo a denúncia, houve fraude em um procedimento licitatório em 2009 para a locação de maquinário com operador para a Prefeitura de Magé.
O processo foi vencido pela FFM Terra Locadora de Veículos e Máquinas Ltda., que vem a ser de propriedade de Anderson Cozzolino, na época presidente da Câmara. A empresa era representada pelos “laranjas” Fábio Figueiredo Morais e Fabiana Dias Fernandes, que também foram denunciados. Durante a licitação, a “concorrente” da FFM era a empresa de fachada Ambiental do Futuro Soluções e Serviços de Limpeza e Locações Ltda., constituída por empregados dos postos de gasolina da família Cozzolino. Desta empresa, foram denunciados Renato Alem Cozzolino e Jane Cozzolino.
De acordo com o MP, a FFM Terra foi contratada pelo valor de R$ 22,4 milhões, mesmo contando apenas com R$ 100 mil de capital social, 17 empregados e dois anos de constituição. Já a Ambiental do Futuro, embora participante da licitação, nunca teria existido.
Rozan e Jefferson desviaram cerca de R$ 18 milhões dos cofres públicos durante o ano de 2010, com autorização de pagamento da locação de maquinário e veículos desnecessários ao município. Notas fiscais foram fraudadas e as medições assinadas por funcionários da Secretaria municipal de Obras também foram forjadas.
Para cobrirem as irregularidades, Rozan e o ex-secretário de Obras Jefferson de Oliveira nomearam o motorista e o encarregado da secretaria de Obras (respectivamente tio e sobrinho) para atuarem em uma “comissão de fiscalização da locação dos equipamentos e comprovação das despesas”, mesmo sem nenhuma qualificação técnica. Eles foram contratados em cargos em comissão, que deveriam ser preenchidos por meio de concurso público, e receberam aumento de salário de cerca de um terço do valor original.