Por adriano.araujo, adriano.araujo
Rio - Há sete meses, a família de Wagner Baptista Santos da Silva sofre da mesma dor que a dos familiares do cabo do Exército José Fernando de Souza e do ex-militar Cleiton Felipe Massina, mortos por traficantes no Chapadão. O que eles têm em comum é a cooperativa Villacar Executivos, no Village Pavuna, onde trabalhavam como taxistas. Wagner desapareceu no dia 1º de julho de 2015 ao fazer uma carrida para bandidos do complexo de favelas para o município de Seropédica, na Baixada Fluminense.
Taxista da mesma cooperativa que os mortos por bandidos no Chapadão%2C Wagner sumiu após fazer corrida com criminosos do complexoReprodução Facebook

A Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA) investigou e descobriu que ele foi morto após a corrida e teve o corpo ocultado pelos criminosos. A motivação seria a mesma para a morte das duas recentes vítimas dos bandidos do Chapadão: Ele teria sido acusado de ser informante da polícia.  

Apesar da dor, a família luta para encontrar o corpo de Wagner e dar um fim a todo o sofrimento. "Divulguei a denúncia, procuramos respostas, mas ninguém fala nada, se sabem não falam por medo. O que a gente mais quer é encontrá-lo para enterrá-lo. A dor é inevitável, mas para tentar amenizar e ter um pouco de sossego, de paz, precisamos disso", disse Maíra Santos, irmã do taxista, que era casado. O carro do taxista, uma Fiat Doblò, também nunca foi encontrado. 

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Após a conclusão da DDPA, o caso foi encaminhado para a Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF). A Polícia Civil foi procurada, mas ainda pronunciou sobre o caso. Qualquer informação sobre Wagner pode ser repassada para Disque-Denúncia (2253-1177).