Rio - Pressionados por juízes e desembargadores, alguns líderes de partidos articulam emenda que abre uma brecha no projeto que regulamenta o teto de R$ 33.700 para salários no funcionalismo público. Com a mudança, a elite dos servidores teria direito a receber até R$ 50.550 mensais.
A proposta original, enviada pelo governo ao Congresso, prevê que verbas extras, como as destinadas para moradia e educação, sejam levadas em conta no cálculo dos vencimentos, o que derrubaria remunerações, principalmente no Judiciário. A nova emenda quer retirar esses benefícios do cálculo dos salários — haveria um teto específico para estas verbas, chamadas de indenizatórias.
50% a mais
O jeitinho permitiria aumento de até 50% da maior remuneração do setor público, o que representaria R$ 16.850 a mais.
Votação
O projeto, que prevê economia de R$ 800 milhões anuais, está previsto para ser votado amanhã. Entre os deputados que articulam a emenda estão Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) e Rogério Rosso (PSD-DF).
Prudência
Em tempos de Lava Jato, políticos não querem saber de irritar a Justiça.
O apoio de Falcon
Pré-candidatos à prefeitura, Pedro Paulo (PMDB) e Carlos Roberto Osorio (PSDB) têm disputado o apoio de Marcos Falcon, vice-presidente da Portela, que deve ser candidato a vereador pelo PP.
Casquinha
Ex-secretário de Transportes, Osorio continua a tirar casquinha de obras do governo estadual. Ontem, elogiou na internet a conclusão da nova estação de Ricardo de Albuquerque.
Aluguel Social
Nesta segunda-feira, 10.381 famílias levaram um susto: a grana referente ao Aluguel Social não foi depositada em suas contas. A Secretaria Estadual de Fazenda alega que liberou R$ 4,49 milhões na quarta; a de Direitos Humanos diz que o dinheiro chegou ao banco na sexta. O governo promete regularizar hoje os pagamentos.