Rio - A pressão de juízes, desembargadores, promotores, procuradores e defensores públicos que foram em peso a Brasília funcionou: um acordo de lideranças adiou, por cinco sessões, a votação do projeto do governo que tenta fazer com que seja cumprido o teto salarial para o funcionalismo — hoje, de R$ 33.700.
A proposta inclui no cálculo do limite quase todos os adicionais que, atualmente, driblam o teto — para não ser computado como salário, o auxílio-moradia, por exemplo, teria que ser pago apenas para servidores obrigados a residir fora de suas cidades. Mesmo assim, eles teriam que comprovar esta despesa.
Abundância
Hoje, magistrados e promotores de diversos estados recebem o benefício mesmo que tenham imóvel próprio na cidade em que moram. Eles sequer precisam comprovar despesas com moradia.
Alternativa
Como o Informe antecipou, deputados estudam uma alternativa, o direito de a elite do funcionalismo receber as chamadas verbas indenizatórias limitadas a 50% do valor do teto: o salário máximo subiria para R$ 50.550. Mas já há quem defenda fazer com que este valor seja o novo limite.
Pauta-bomba
Lideranças afinadas com o governo apostam que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, prepara outra pauta-bomba, projetos generosos que terminam de arrebentar com as finanças públicas. Entre eles, a Proposta de Emenda Constitucional que aumenta a vinculação de gastos com a saúde.
Substituição
O PRB quer ser compensado pela perda de Crivella, que vai para o PSB de Romário. Reivindica a ida do ex-craque para o partido. Lá, ele já chegaria podendo se sentar à janelinha.
Festa no Porto
Durante a Olimpíada, o Armazém 7 do Porto do Rio será transformado pelo governo federal em área de recepção para cerca de cem chefes de estado. O local foi cedido pelo ministro dos Portos, Helder Barbalho.
Governo a pé
Por falta de dinheiro para o combustível, quase toda a frota do governo do estado deixou de circular na segunda-feira. Os veículos só voltaram a rodar ontem após um acordo entre a Secretaria de Fazenda e a BR Distribuidora.