Por gabriela.mattos

Rio - A falta de dinheiro volta a ameaçar o funcionamento dos hospitais estaduais. Secretário de Saúde, Luiz Antônio Teixeira Júnior diz que precisa receber, semana que vem, entre R$ 100 milhões e R$ 150 milhões — a verba será repassada para OSs (organizações sociais) que administram as unidades.

Segundo ele, a liberação dos recursos foi prometida pelo secretário de Governo, Affonso Henriques Monnerat, para ocorrer na segunda-feira. A verba será utilizada pelas OSs para pagar funcionários e fornecedores.

Promessa
Em dezembro, ao assumir o cargo, o secretário de Saúde teve a promessa de receber, mensalmente,R$ 200 milhões.

Liberação menor
Em fevereiro, a quantia liberada foi menor e, para honrar os compromissos, Teixeira Júnior utilizou verba de R$ 40 milhões enviadas mensalmente pelo governo federal. Em março, o dinheiro de Brasília foi usado para manter o funcionamento das UPAs, do Instituto do Cérebro, do Hospital da Criança e do Rio Imagem. O secretário diz que, em abril, a mudança no ICMS deverá aumentar a arrecadação e diminuir o sufoco.

Ele fica
Apesar das dificuldades, o secretário nega que pretenda deixar o cargo.

Dureza
Na quarta, havia apenas R$ 5 milhões no caixa da Secretaria de Fazenda.

Retaliação do PT
Presidente estadual do PT, Washington Quaquá ficou irritado ao saber que a maioria dos representantes do PMDB-RJ no Diretório Nacional do partido votará, terça, pelo rompimento com o governo federal. Segundo ele, se o PMDB fluminense “optar pelo golpe”, o PT lançará a candidatura de Wadih Damous à prefeitura: o partido decidira apoiar o peemedebista Pedro Paulo.

A lista e os nomes
A divulgação da lista de políticos que teriam recebido dinheiro da Odebrecht colaborou para aumentar a irritação de lideranças do PMDB-RJ com o governo Dilma. Eles atribuem o vazamento a setores da Polícia Federal ligados ao governo. Na lista estão, entre outros, Sérgio Cabral, Eduardo Paes, Pezão e Jorge Picciani.

Suplentes votam
Alguns dos caciques do PMDB fluminense deverão faltar à reunião nacional do partido — serão substituídos por seus suplentes, que cumprirão o papel de apoiar a saída do governo. O líder na Câmara dos Deputados, Leonardo Picciani, afirmou a correligionários que, por conta da divisão da bancada, prefere não votar.

‘Desmoralizado’
Terça, Michel Temer dirá que Dilma o desmoralizou ao nomear o deputado Mauro Lopes (PMDBMG) para o Ministério da Aviação Civil três dias depois de a convenção do partido determinar que nenhum peemedebista deveria assumir cargo no governo. Ontem, Henrique Pires, indicado por Temer, foi exonerado da presidência da Funasa.

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