Por tiago.frederico

Rio - Todos os casos de prisões em flagrante ocorridos na Zona Norte do Rio passarão, a partir de terça, a ser registrados na Central de Garantias, órgão da Polícia Civil que ficará na Cidade da Polícia, em Benfica.

Com a mudança, das 15 atuais centrais de flagrantes da cidade, cinco serão desativadas, as que funcionam nas delegacias de São Cristóvão, Tijuca, Penha, Bonsucesso e Pavuna. De acordo com a Polícia Civil, a medida já estava prevista antes do agravamento da crise nas finanças do estado.

Reconhecimento
Com a mudança, alguém que sofra um assalto na Pavuna terá que ir até a Cidade da Polícia, que fica quase em frente à Favela do Jacarezinho, para fazer o reconhecimento do suspeito.

Mais delegados
Para agilizar os registros, a Central de Garantias terá vários delegados trabalhando no mesmo turno. Lá também haverá peritos 24 horas por dia.

Delegacias em risco
Chefe da Polícia Civil, Fernando Veloso admite a possibilidade de fechar delegacias por falta de dinheiro. “Isso vai depender da situação. Não tenho certeza disso, mas vamos adotar as medidas que forem necessárias”, diz.

Made in Curitiba
O Palácio do Planalto avalia que partiu de Curitiba o vazamento da delação em que Otávio Marques de Azevedo, ex-presidente da Andrade Gutierrez, relaciona doações à campanha de Dilma e ao PMDB a propinas do caso Petrobras. Governistas ressaltam que a notícia surgiu no momento em que setores da oposição admitiam dificuldades para aprovar o impeachment.

Jogo duro
Ontem, o governo contabilizava entre 200 e 220 votos contra o impeachment —precisa de 172. Mas a ordem por lá é fazer checagens de hora em hora, até o momento da votação.

Preocupação
Partidários de Michel Temer ficaram preocupados com a delação de Azevedo, que fortaleceria a cassação, pelo TSE, da chapa formada por ele e Dilma. Nesse caso, Eduardo Cunha — sim, ele — assumiria a Presidência da República e convocaria novas eleições.

Manobras
Os petistas não têm dúvidas de que Eduardo Cunha usará todo seu estoque de manobras para tentar aprovar o impeachment. Mesmo assim, o governo só deverá tomar alguma medida judicial na hora em que o presidente da Câmara anunciar como a votação vai ocorrer — a aliados, ele revelou que pretende convocar inicialmente deputados de estados em que há maior rejeição a Dilma.

Surpresa
O governo foi surpreendido pela decisão de Rodrigo Janot, procurador-geral da República, de recomendar ao STF que mantenha a proibição de Lula assumir a Casa Civil.

Garotinho
Setores da oposição e Washington Quaquá, presidente do PT-RJ, dizem que Garotinho trabalha pela rejeição do impeachment. Mas o ex-governador jura que quer a saída de Dilma.

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