Por cadu.bruno

Rio - Apesar da importância de aproveitar o início de governo e a boa vontade da maioria dos parlamentares, Michel Temer deverá esperar algumas semanas antes de enviar o projeto que recria a CPMF, o imposto do cheque. Quer, primeiro, ter em mãos informações mais precisas sobre a situação econômica. 

O cuidado se justifica também pela necessidade de evitar recuos em uma medida tão polêmica — deputados do aliado PSDB, empresários e até Geddel Vieira Lima, ministro da Secretaria de Governo, já se disseram contra a CPMF. A necessidade do imposto foi admitida pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles.

Pressa

Temer tem um desafio nesta semana: fazer com que o Congresso se reúna para examinar vetos presidenciais e, em seguida, aprove a mudança na meta fiscal. O projeto, que tem que ser votado até domingo, é fundamental para viabilizar o pagamento do funcionalismo sem que o governo tenha que dar uma pedalada no orçamento.

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O PSDB aceitou participar do governo que quer derrubar no TSE. Nas quatro ações que protocolou para anular o resultado da eleição presidencial, o partido, além de Dilma Rousseff, cita Michel Temer nominalmente.</CW>

Amigo urso 2

Na Ação de Impugnação de Mandato Eletivo 761, o PSDB e a Coligação Muda Brasil reivindicam “que sejam diplomados como presidente e vice-presidente os candidatos componentes da chapa formada pelos requerentes”. Ou seja, Aécio Neves — que ficou ao lado de Temer em sua posse na Presidência — e Aloysio Nunes Ferreira.

Sessão cancelada

Os produtores do documentário ‘Retratos de identificação’, que trata de presos políticos torturados na ditadura, publicaram no Facebook que a embaixada brasileira em Paris voltou atrás na decisão de exibir o filme no próximo dia 31. Alegou aos organizadores da sessão, a Alter'Brasilis, que o tema era “espinhoso”.

Defesa de Marina 

A ex-senadora Heloísa Helena, que está na Rede, sai em defesa de Marina Silva. Diz que ela discutiu com o partido sua defesa do impeachment de Dilma. Mas a proposta não chegou a ser votada já que a Rede, diz Heloísa, busca chegar a um “consenso progressivo”.

Fusão

A ida de Wagner Victer para a Secretaria de Educação está ligada a uma mudança que será feita por Francisco Dornelles. A pasta vai absorver a Secretaria de Ciência e Tecnologia, que controla a Faetec, Fundação de Apoio à Escola Técnica, presidida até ontem por Victer.

O cara é ele

Peemedebistas dizem que Dornelles é o governador ideal para cortar despesas do estado. Além da experiência de ex-ministro da Fazenda, não deverá se candidatar a mais nenhum outro cargo e não tem filhos na política — eles poderiam ter suas carreiras prejudicadas pelas medidas.

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