Liminar da Justiça libera venda de ingressos para o Cristo em bilheteria
Novo sistema confundiu turistas
Por thiago.antunes
Rio - A 1ª Vara de Fazenda Pública, concedeu liminar, nesta sexta-feira, para que seja retomava a venda de ingressos para o Cristo Redentor nas bilheterias das estações do Cosme Velho e Paineiras.
O tribunal acolheu pedido da empresa Estação de Ferro Corcovado (Esfeco), em ação cautelar movida contra o município do Rio.
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Segundo a decisão, a prefeitura, ao editar o Decreto nº 37.070/13, que proibiu a comercialização e a entrega de ingressos nas bilheterias, "atingiu o contrato de arrendamento celebrado no âmbito federal e provocou queda superior a 80% no faturamento da empresa".
O novo modelo de acesso de turistas ao Cristo Redentor começou no dia 21. A compra dos bilhetes agora é feita pela internet e turistas contam com vans autorizadas partindo do Largo do Machado direto para o momumento, ao invés da saída do Hotel Paineiras, na Estrada das Paineiras. Algumas pessoas foram surpreendidas com as mudanças.
No ato da compra no www.corcovado.com.br, o turista deverá escolher a data e hora do passeio. Os pontos de venda do Hotel Paineras e na Estação do Cosme Velho não funcionam mais. Para facilitar a compra de quem não tem acesso à internet, os bilhetes também serão vendidos em casas lotéricas e em um quiosque da Riotur na Candelária, no Centro do Rio. Entretanto, o sistema ficou fora do ar pela manhã.
No terceiro dia do novo esquema de vendas pela internet para acesso ao Cristo Redentor, os prejuízos já são contabilizados. O trem que leva até o topo do Corcovado tem subido os trilhos vazio, com uma média de 35 pessoas: a lotação é de 350 passageiros.
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Na estação, onde não é mais possível comprar os ingressos, as lojas tiveram queda de 80% na venda de suvenires. “Antes, a loja estava sempre cheia, não importava o horário”, diz a vendedora Eliane Vasques.
Para Sávio Neves, presidente da empresa Trem do Corcovado, a decisão da prefeitura de concentrar as vendas pela internet fez o movimento despencar. “A única forma de adquirir um passaporte sem usar a internet é num quiosque na Rua da Candelária, mas ninguém vai lá.”
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George Irmes, presidente da Associação Brasileira de Agências de Viagens, conta que a entidade não foi procurada pela prefeitura. “Nós, que fazemos o turismo no Rio, não fomos consultados sobre isso. Estamos recebendo centenas de reclamações”
As reclamações incluem a instabilidade do site para a compra dos ingressos e falta de orientações por parte da prefeitura. Ontem, turistas se dividiam entre os que recebiam a notícia e desistiam do passeio e os que tentavam, sem sucesso, a compra, com celulares e tablets. Pela primeira vez no Rio, André Nunes, 27 anos, e Roni Lima, 25, moradores de Rondônia, teclavam seus celulares. “
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Já estamos tentando comprar há uns 30 minutos, mas o site está horrível, estamos quase desistindo, infelizmente”.