Por nara.boechat

Rio - Os bailes funk do Rio já não são mais caso de polícia. Confirmando o que antecipou a coluna Rio, Cidade sem Fronteiras do dia 6 de julho, o governador Sérgio Cabral anunciou em video postado nas redes sociais que a resolução 013, que vinha sendo usada para impedir os bailes nas comunidades, está cancelada. A 013 dava ao comandante das UPPs a última palavra sobre a realização dos bailes, além de criar uma série de dificuldades para que eles acontecessem, como a exigência de um número mínimo de vagas para estacionamento, quando na comunidade a maioria das pessoas anda a pé ou de mototaxi.

"A 013 foi importante naquele momento em que as comunidades passaram a ser pacificadas, mas este é um novo momento e ela está extinta", dise Cabral, ao lado de René Silva, do jornal Voz da Comunidade, do Alemão, e Matheus Aragão, também da comunidade. Os dois se reuniram com Cabral no Palácio Guanabara, na tarde de terça-feira, dentro da ofensiva do governador para tentar recuperar sua imagem.

Na semana passada Cabral já havia anunciado o investimento de R$ 3,8 bilhões em mais de 40 comunidades pelo programa Morar Carioca, da prefeitura do Rio. Segundo o governador, a partir de agora quem quiser fazer um baile funk ou evento nas comundiades precisará de autorizações normais como dos bombeiros, da prefeitura e das regiões administrativas.

Leia, na ìntegra, a nota do governo do Estado confirmando o cancelamento:

O governador Sérgio Cabral decidiu revogar a resolução 013, que autorizava ao comando policial na UPP a realização de eventos artísticos, sociais e esportivos nas comunidades pacificadas.

A decisão, portanto, está tomada. A partir de agora, um grupo de trabalho que inclui a Casa Civil do Estado, a Secretaria de Segurança, a Secretaria de Assistência Social, o Corpo de Bombeiros e a Prefeitura do RJ vai estabelecer as novas normas.

Haverá uma transição até que a nova proposta seja concluída.

O protagonismo dos eventos na cidade é da Prefeitura. Naturalmente, os órgãos estaduais, como o Corpo de Bombeiros e a Polícia Militar, serão ouvidos, como acontece em toda cidade e será assim também nas comunidades pacificadas.

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