Por felipe.martins

Rio - Várias correntes, um objetivo: encontrar um caminho que leve a paz ao Complexo do Alemão. Em encontro histórico nesta quinta-feira, a partir das 18h, O DIA reunirá a cúpula da Polícia Militar, ONGs das favelas da região e instituições que pesquisam e estudam a violência em busca do consenso na sede do Iser, Glória. O Fórum ‘Alemão: Saídas para a Crise’ é uma parceria do jornal com o Instituto de Estudos da Religião (Iser) e o Centro de Estudos de Segurança e Cidadania (Cesec), da Universidade Cândido Mendes.

Vice-prefeito do Rio, Adílson Pires confirmou presença no fórum, que pela primeira vez reunirá ONGs do Alemão com a cúpula da Polícia Militar — representada pelo chefe do Estado Maior, Coronel Róbson Rodrigues. Adílson está confiante. “Acredito que a gente sairá com mais clareza sobre o que está acontecendo”, diz.

Clique sobre a imagem para a completa visualizaçãoArte O Dia

O secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, parabenizou o jornal pela iniciativa. “É sempre importante que tenhamos um diálogo plural, livre de partidarismos”, disse. Parceiros na organização do evento, Pedro Strozenberg, do Iser, e Sílvia Ramos, do Cesec, admitem a ansiedade com o encontro. E apostam no diálogo.

“Vamos reafirmar o desejo de formular o entendimento, e não o confronto, reconhecendo o conflito e as tensões para atuarmos neste campo”, diz Pedro. “Estava faltando justamente este fórum, um local para se ouvir correntes distintas e dialogar”, complementa Sílvia. Diretor de Redação do DIA, Aziz Filho reiterou que o jornal não poderia se eximir de buscar o diálogo. “Temos um compromisso com nosso leitor.”

O fórum, mediado pelo jornalista André Balocco, terá na mesa também José Mário Hilário, presidente da Associação de Moradores do Santa Marta — primeira favela a receber uma UPP, e que experimenta um ciclo de desenvolvimento do turismo. “Será bom para a sociedade entender o movimento de transformação social que surge nas favelas”, afirma. O mesmo sentimento toca Eduardo Alves, do Observatório de Favelas (Maré). “O importante é ouvir vozes a favor da paz. Temos de reconstruir a cidadania do Rio.”


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