Rio - O presidente da Cedae, Wagner Victer, afirmou, neste domingo, que poderá faltar água em alguns pontos de Campo Grande, na Zona Oeste, por conta do vazamento de uma adutora no bairro, ocorrido na noite deste sábado. Várias casas ficaram inundadas, mas ninguém ficou ferido.
A Cedae informou ainda que, se necessário, enviará caminhões-pipa para o abastecimento dos moradores. O local é o mesmo onde, em julho, uma adutora rompeu e alagou mais de 100 casas e deixou uma criança de 3 anos morta.
Segundo o Victer, o problema é menor do que o de julho, mas vale ressaltar que a adutora sofreu intervenções irregulares da empresa Guaracamp. "Ela não se rompeu, foi apenas um vazamento. O caso da Guaracamp é citado no Inquérito, onde a Cedae é relatada como vítima, já que a tubulação sofreu ligações irregulares."
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O presidente também informou que moradores poderão ser indenizados. "Todas as pessoas que sofreram prejúízos serão ressarcidas após levantamento feito pela empresa", disse.
Dona Neuza Esméria, de 64, relatou que sua casa ficou completamente cheia de lama. Ela foi uma das que foram prejudicadas com o rompimento da tubulação em julho e ressaltou, que da outra vez, a Cedae a indenizou pelo prejuízo. Quando o vazamento começou, dona Neuza teve que fugir para a casa do filho.
Segundo os moradores, assim que eles perceberam o vazamento, uma equipe da Cedae foi acionada, mas os reparo só foi feito horas depois. De acordo com o presidente da companhia, "quando as pessoas ligaram para a Cedae, o vazamento de água estava em condições normais, mas quando a equipe começou a reparar, a tubulação estourou". Um morador conta que chegou a ver um bote com três bombeiros dentro examinando o vazamento na noite de sábado.
Vazamento assusta moradores
Desta vez ninguém se feriu, mas um grande bolsão d'água, na altura do número 4.500 da Estrada do Mendanha interditou a passagem de veículos. Segundo a Cedae, o grande volume d'água despejado de uma só vez na estrada assustou os moradores. Eles temiam nova tragédia, em função do acúmulo de água que desceu quando um maquinário da Cedae removeu a terra que retia o vazamento.
O eletricista Ricardo Cunha, 34 anos, que mora na localidade, disse que muitos moradores ficaram temerosos. “Muita gente aqui da localidade ficou desesperada achando que aquela tragédia estava acontecendo novamente. O medo tomou conta de todos nós”, relatou.
Tubulação da Cedae rompe em Ipanema
Uma outra tubulação da Cedae na Rua Barão da Torre, na altura do edifício de número 260, em Ipanema, se rompeu na tarde deste sábado inundando boa parte da rua. Segundo a Cedae, um cano de 300 milímetros de diâmetro foi atingido por maquinários das obras da Linha 4 do Metrô.
O abastecimento de água em quase todo o bairro precisou ser interrompido para o que técnicos pudessem fazer o reparo. A Cedae garantiu que não faltará água, mas solicitou aos moradores da região que façam um uso racional da água até a manhã de domingo, quando o conserto deve ser finalizado e o abastecimento, normalizado.
Edição: Bianca Lobianco