Por nicolas.satriano
Rio - A volta para a casa no primeiro dia útil das interdições na Avenida Brasil, entre Caju e Manguinhos, foi de trânsito tranquilo, em um cenário até incomum para uma segunda-feira. Já pela manhã, a situação ficou mais complicada, com congestionamentos na Brasil e em rotas alternativas para se chegar ao Centro. Desde sábado, foram fechadas duas das quatro faixas centrais, no sentido Zona Oeste, e meia, para o Centro, em uma extensão de 350 metros.
Pela manhã, o engarrafamento na direção da Zona Oeste chegou a ter reflexos na Ponte. A Linha Vermelha, alternativa recomendada pela prefeitura para quem vai da Baixada para o Centro, ficou com trânsito lento de Duque de Caxias ao Caju. O sentido Centro da Avenida Brasil também teve uma manhã de trânsito lento. “Hoje, saí de casa, em Guadalupe, eram 5h30, cheguei aqui (na Avenida Brasil, altura da Fiocruz) às 7h”, reclamou o vendedor José Antônio Sales Mota, de 55 anos, no engarrafamento.
O fechamento de duas pistas do sentido Zona Oeste da Avenida Brasil causou reflexos até a Ponte Rio-NiteróiSeverino Silva / Agência O Dia

O diretor de Operações da CET-Rio, Joaquim Dinis, acompanhou o trabalho dos operadores no local e explicou que esse trecho das obras é o mais difícil em termos da interdição, que vai durar quatro meses. “É importante frisar que estamos num momento de trânsito ruim na Avenida Brasil, pior do que o normal. O investimento na Transbrasil visa a melhorar a mobilidade, fazer com que o transporte público possa ser uma boa opção, confiável e sem congestionamento”, destacou Dinis.

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O diretor da CET-Rio creditou parte dos problemas no trânsito pela manhã a uma colisão entre dois táxis e um carro na pista da Brasil para a Zona Oeste, na altura da Ilha, por volta das 7h20. Ninguém ficou ferido no acidente.
Durante esta fase das obras, das 15h às 21h, nos dias úteis, a faixa seletiva da Avenida Brasil, sentido Centro, será invertida com direção à Zona Oeste. O objetivo é minimizar os impactos no trânsito na volta para casa. Nos demais dias e horários, as faixas exclusivas vão funcionar nas pistas centrais.
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“Não identificamos nada que pudesse ser feito para melhorar (o trânsito) no período da manhã. Vamos acompanhar, reforçar a sinalização se for necessário e tomar as medidas operacionais possíveis. Lembrando que perdemos 50% da capacidade da pista central da Avenida Brasil e o trânsito não vai fluir se não conseguirmos diminuir a quantidade de carros”, explicou Dinis.
Pane nos trens e no metrô
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No primeiro dia de interdições na Avenida Brasil, muitos dos trabalhadores que buscaram os trens para fugir do engarrafamento esperado na via também sofreram. Na manhã desta segunda-feira, pelo menos duas composições da SuperVia apresentaram problemas no sentido Central. Em um dos casos, um trem do ramal Santa Cruz apresentou um defeito no pantógrafo (equipamento que liga a composição à rede aérea), entre Cosmos e Inhoaíba, e os passageiros tiveram de desembarcar e caminhar entre os trilhos até a estação Inhoaíba.
Já no metrô, o problema foi na volta para casa. Às 19h45, por cerca de meia hora, houve a interrupção do funcionamento das composições no trecho da Linha 2, entre a Pavuna e Inhaúma. Segundo a concessionária, a causa foi uma falha na subestação de Colégio, que interrompeu o fornecimento de energia.
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