Por paulo.gomes
Rio - Aeroviários e aeronautas de todo o país realizaram uma paralisação de duas horas no início da manhã desta quinta-feira .Os profissionais pararam em diversos aeroportos do país, entre eles o Internacional Tom Jobim, o Galeão, na Ilha do Governador, e o Santos Dumont, no Centro do Rio. Eles reivindicam 11% de reajuste nos salários, 8% nos vales refeição e alimentação, além de tentar ciar um piso salarial para os trabalhadores em check-in. Segundo a categoria, várias aeronaves não decolaram. O Sindicato nacional das Empresas Aéreas (SNEA) oferece 6,5% de aumento.

Para que a manifestação afetasse minimamente a vida dos passageiros, segundo a RioGaleão, concessionária que administra o Galeão, foi acionado um plano de emergências, com reforço nas equipes operacionais "a fim de mitigar ao máximo os impactos nos serviços do aeroporto".

Manifestantes reivindicam direitos trabalhistas no GaleãoCacau Fernandes / Parceiros / Agência O Dia

Responsável pelo Santos Dumont, a Infraero disse que todos os aeroportos sob sua administração têm plano de contingenciamento que poderá ser acionado. Segundo ela, o planejamento já foi utilizado em outras circunstâncias, como alta temporada, Carnaval, Semana Santa, Copa do Mundo, etc.). O plano, segundo a Infraero, tem como objetivo gerenciar os recursos de infraestrutura disponíveis, como pátio de aeronaves, terminal de passageiros, etc.

"Equipes da Infraero também estão de prontidão para zelar pelo funcionamento de equipamentos como escadas rolantes, elevadores, pontes de embarque, etc.", disse o órgão, em nota.

Atrasos e cancelamentos

O ato nos aeroportos do Rio terminou por volta das 8h. Até este horário, segundo a Infraero, dos 17 voos previstos para o Galeão, dois tinham sofrido atrasos e um havia sido cancelado. No Santos Dumont, a situação era mais grave. Dos 26 voos programados até aquela hora, sete tinham sofrido atrasos e oito haviam sido cancelados. Comunicado enviado pela Tam ainda nesta quarta-feira aos seus passageiros informava que poderiam ocorrer reflexos nos voos domésticos em todo o país ao longo do dia.

Manifestantes ocuparam uma faixa da Avenida Vinte de Janeiro%2C no acesso ao GaleãoCacau Fernandes / Parceiros / Agência O Dia

O ato nos aeroportos do Rio terminou por volta das 8h. Até este horário, segundo a Infraero, dos 17 voos previstos para o Galeão, dois tinham sofrido atrasos e um havia sido cancelado. No Santos Dumont, a situação era mais grave. Dos 26 voos programados até aquela hora, sete tinham sofrido atrasos e oito haviam sido cancelados. Comunicado enviado pela Tam ainda nesta quarta-feira aos seus passageiros informava que poderiam ocorrer reflexos nos voos domésticos em todo o país ao longo do dia.

Manifestação no Galeão

Com faixas e carro de som, aeroviários apoiados pelo Sindicato dos Profissionais da Aviação Civil e pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) ocuparam meia pista da Avenida 20 de Janeiro, às 6h. De acordo com o Centro de Operações da Prefeitura do Rio, motoristas encontraram lentidão ao longo da via e os reflexos chegaram na Estrada do Galeão e na Linha Vermelha, sentido Baixada.
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Um hora depois, os aeroviários seguiram para o embarque do Terminal 2. Com faixas e uma caixa de som, eles receberam o apoio de aeronautas e discursaram, sob olhar de passageiros, seguindo depois para o embarque do Terminal 1. Os setores de check-in funcionavam normalmente.
Nesta sexta-feira, no Tribunal Superior do Trabalho (TST), em Brasília, acontece uma audiência de conciliação entre as partes. Após este encontro e uma avaliação dos aeroviários sobre a paralisação desta quinta-feira os trabalhadores decidirão os rumos do movimento.
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"Estou muito contente com a união de aeroviários e aeronautas. Vamos aguardar a avaliação dos atos reivindicatórios de hoje em todo o país e o encontro amanhã em Brasília para ver se o patronato avança e acata as nossa reivindicações", disse o presidente Luiz da Rocha Cardoso, o Luis Pará, presidente do Sindicato Nacional do Aeroviários, que liderou a manifestação no Tom Jobim.
Lentidão na Estrada do Galeão, no acesso ao GaleãoCentro de Operações Rio / Divulgação