Por tiago.frederico
Após quatro anos%2C bonde volta a circula em Santa TeresaDaniel Castelo Branco / Agência O Dia

Rio - Quatro anos após o acidente que deixou seis mortos e mais de cinquenta feridos, os moradores de Santa Teresa vão voltar as ver os bondinhos amarelos circulando pelo bairro. Quatro veículos começaram a operar sem passageiros, a partir desta terça-feira, pelo trajeto entre o Largo da Carioca e o Largo do Curvelo, para averiguação dos freios das composições.

A fase de testes durará 10 dias. Caso as reformas sejam aprovadas, até o final de julho será iniciada a pré-operação de reativação dos bondes no trecho. Os veículos serão abertos para uso dos moradores fora do horário de pico, entre 11h e 16h, sem cobrança de passagem. O secretário de Transportes, Carlos Osório, se declarou insatisfeito com o ritmo das obras no local, e disse estar prestes a rescindir o contrato com o consórcio Elmo Azvi caso este não cumpra os prazos estipulados.

A reinauguração do percurso de 10 km do bonde estava prevista para a Copa do Mundo de 2014. Um ano depois, apenas 900 m estão prontos para a fase de testes. "O estado reconhece que a obra teve muitos problemas. A construtora falhou e foi multada duas vezes. Esta é nossa última tentativa", afirmou o secretário.

A empresa tem até o dia 15 deste mês para entregar o trecho entre o Largo da Carioca e o Largo do Curvelo e a primeira mão do trajeto até o Largo Guimarães. Se o prazo for respeitado, o consórcio continuará as reformas e terá até o início de setembro para finalizar a segunda via. A liberação do tráfego na Rua Almirante Alexandrino também era parte do combinado, e foi realizada na última quinta-feira, dia 2. O valor das multas aplicadas ao consórcio devido ao atraso nas obras é chega a R$ 1,35 milhão.

GALERIA: Em fase de testes, bondes voltam a circular em Santa Teresa

Não há previsão para a entrega do trajeto completo, que vai do Silvestre até o Largo das Neves. O secretário explicou que as obras serão discutidas com os habitantes do bairro. Segundo Osório, o planejamento vai depender também do cumprimento dos prazos por parte do consórcio Elmo Azvi e da finalização das reformas em andamento.

"Não vamos permitir nenhuma a abertura de novas frentes de obra de forma desconexa, para não causar mais inconvenientes para os moradores. Não vamos estabelecer prazos enquanto não tivermos certeza de que a

vai cumpri-los", declarou.

Reportagem de Clara Vieira

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