Por bianca.lobianco

Rio - “Quero seguir carreira e participar da Olimpíada de 2016”, diz Vitória Monteiro, de 14 anos, com voz firme e segura, revelando a tenacidade de um atleta profissional. Golfista desde os 8 anos, a adolescente é a segunda no ranking nacional e foi convocada pela Confederação Brasileira de Golfe para a equipe que vai disputar o Campeonato Sul-Americano Pré-Juvenil 2013, no Chile, entre os dias 23 e 29.

A pequena, dona de 27 troféus e 34 medalhas, começou por acaso a treinar na Associação Golfe Público de Japeri. “Meu pai trabalhava perto do clube e me chamaram para jogar naquele dia. Não parei mais”, relembra ela.

Focada, a aluna do nono ano da Escola Municipal Bernardino de Melo treina quatro dias por semana, três horas diárias. Sem descuidar dos estudos, prefere Química e História. “Gosto de saber sobre os antepassados”, diz.

Para os pais, de fala simples, o sucesso não surpreende. “Ela é determinada e sempre se sobressaiu no que fez”, diz a dona de casa Andréia Monteiro, 41, sem esconder o orgulho que sente.

O pai, Ronaldo Monteiro, 47, é autônomo e estudou até a quarta série. “Ver minha filha indo tão longe emociona”, diz, sorrindo, o homem que acredita ver, em breve, sua filha fazer mais sucesso ainda. “Ela vai seguir carreira e nem vai morar aqui com a gente. Vai dar saudade”, prevê.
O passaporte de Vitória, pronto há três anos, espera seu primeiro carimbo. “Fiquei com medo quando fui chamada para representar o Brasil, mas não posso deixar de ir”, diz, decidida.

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