Por nara.boechat

Rio - Rosinha Garotinho é prefeita de Campos e está em seu segundo mandato onde comemora muitas realizações e bons índices de desenvolvimento econômico e social. Entre os principais desafios que enfrenta está a garantia de mobilidade urbana. Campos tem uma das menores passagens do país (1 Real) e está reduzindo a idade da frota dos ônibus para garantir mais segurança à população.

A prefeita também fala dos avanços nas área da educação e saúde, que incluem vacinas que não fazem parte do calendário regular do Ministério da Saúde. Outro ponto forte de sua gestão é o Projeto Morar Feliz que está finalizando a construção de dez mil casas populares dotadas de infraestrutura.

Rosinha GarotinhoLuiz Ackermann / Agência O Dia

Qual o principal desafio de sua gestão?

O nosso principal desafio hoje é a questão da mobilidade urbana. Nós fizemos muito, lançamos a Passagem a um Real integrando toda a extensão territorial do município, de quatro mil quilômetros quadrados, o maior do Estado. Desde que assumimos diminuímos a idade média da frota de ônibus de 12 anos para 5,8 anos, o que ainda não é o melhor. Por isso estamos em processo de licitação do transporte coletivo.

Desde o início de meu primeiro mandato não tenho medido esforços para os investimentos na saúde e educação, o que continuamos.

Qual o legado mais importante de seu governo?

O maior legado que eu tenho deixado para minha cidade é o desenvolvimento econômico e social. Fomos a sétima cidade em geração de empregos em todo o Brasil por dois anos seguidos da minha gestão. A Firjan com seus indicadores reconhece o desenvolvimento de nossa gestão fiscal, saúde e educação. A cidade de Campos figura em segundo lugar no ranking nacional das 25 maiores cidades do Brasil com melhor evolução de coleta de esgoto, atrás apenas da capital João Pessoa, no Estado da Paraíba, segundo o Sistema Nacional de Informações de Saneamento. O nosso programa de micro crédito é reconhecido pela Caixa Econômica como um dos melhores do Brasil. Por dois anos consecutivos fomos a maior cidade em investimentos per capita no Estado do Rio, à frente da capital. Estamos construindo uma cidade mais moderna, mais desenvolvida e com mais justiça social, com uma economia mais dinâmica e infraestrutura para crescer ainda mais.

A senhora está lançando um moderno sistema de biodigestor em Campos? Como funcionará?

O projeto do primeiro biodigestor e sistema de biogás, que será construído na Terra Prometida está sendo desenvolvido através de parceria entre a prefeitura e a concessionária “Águas do Paraíba”. Trata-se do sistema para tratamento de esgoto de uso comunitário, social e ecológico e indicado para comunidades pequenas. O equipamento vai tratar o esgoto de 270 famílias da Terra Prometida, que receberá rede coletora de 4.100 metros, beneficiando diretamente mais de mil pessoas. Além disso, o biogás produzido será utilizado em fogões industriais da cozinha do Ciep da Terra Prometida. Campos avançou em saneamento básico, graças aos investimentos oriundos dos royalties do petróleo e o biodigestor será mais uma obra de saúde pública e preservação do meio ambiente.

O que a senhora destaca de mais importante para a rede municipal de educação?

Em Campos oferecemos aos professores o Plano de Cargos e Salários, cursos de qualificação, gratificações e melhores condições de trabalho. Já entregamos 17 creches e escolas modelo e estamos em fase de construção de mais 14 unidades modernas desse tipo. Temos mais de 60 mil alunos na rede municipal. As nossas crianças recebem material pedagógico, merenda balanceada, e conjunto de uniforme com 10 peças.

Quais são as principais ações na área de saúde?

Nós fomos o primeiro município brasileiro a oferecer de graça a vacina contra a meningite, a Prevenar. Depois, fomos pioneiros na vacinação gratuita contra o HPV, que protege meninas contra o câncer do colo de útero, e crianças recebem doses gratuitas de vacina contra a Hepatite A e contra a varicela, a catapora, que acabamos de lançar. Estamos lançando agora a prótese mamária para as mulheres acometidas de câncer de mama. Ampliamos o número de leitos na cidade, com mais 30 vagas, através de nossos hospitais municipais. Estamos investindo na reforma e novas construções de hospitais e Unidades Básicas de Saúde. Lançamos o modelo de UBS 12 horas, elogiado pelo Ministério da Saúde.

A cidade apresenta um desenvolvimento econômico cada vez maior, a municipalização do aeroporto trará benefícios para este desenvolvimento? Quais?

O aeroporto de Campos esteve muito tempo fechado, ou sendo usado abaixo da sua capacidade. Conta com a segunda maior pista do estado do Rio e já teve um terminal alfandegado de cargas que estava abandonado. O que queremos é que o aeroporto de Campos cumpra com o papel de agregar valor à nossa rede de infraestrutura e logística, para permitir o crescimento da cidade, impactando também toda a região. O aeroporto pode atuar como um porto seco, para exportar e importar cargas. Ele é muito importante para projetos como o do Porto do Açu e o Complexo Logístico e Industrial Farol-Barra do Furado, que estamos construindo. A própria Petrobras pode usar deste aeroporto, já que Macaé encontra-se saturado.

O projeto Morar Feliz vai bater a meta de entregar 10000 moradias para a população de Campos? Além das moradias o que faz parte do projeto?

Sim, com certeza. Fizemos em nosso primeiro mandato 5.426 casas que não podemos nem chamar de popular, porque é de padrão elevado. Tem telhado cerâmico, laje, piso frio, textura na parede, disjuntor, chuveiro quente, com grama na frente da casa e um quintal, e 10% delas são adaptadas para deficientes ou idosos. Mas não são apenas as construções de casas, entregamos um novo bairro, com infraestrutura, água, esgoto, iluminação e asfalto.

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