Por thiago.antunes

Rio - O município de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, vai ganhar um parque logístico com capacidade para comportar até 15 empresas e gerar 4 mil empregos diretos. A Global Logistic Properties (GLP), uma das principais fornecedoras de parques e condomínios logísticos do mercado, presente no Brasil, China e Japão, anunciou nesta quinta-feira oficialmente a compra, no valor de R$ 500 milhões, de uma área de 350 mil de metros quadrados para a construção de um parque logístico no município.

Localizado no quilômetro 22 da Avenida Washington Luiz, na entrada de Xerém, o condomínio tem a previsão de começar a operar dentro de dois anos. “Nossa empresa tem sede em Cingapura e estamos identificando áreas para construir centros logísticos. Caxias se adequou ao principal requisito que é a localização próxima à capital para recepção e distribuição de materiais e produtos. Vamos atrair grandes varejistas e empresas de comércio eletrônico. Caxias será o principal centro logístico do Rio”, destacou o presidente da GLP, Mauro Dias.

Em terreno no Km 22 da Avenida Washington Luiz%2C na entrada de Xerém%2C o novo parque receberá 15 empresas e começa a operar em dois anos Daniel Castelo Branco / Agência O Dia

Segundo ele, este é o primeiro projeto do grupo que começa do zero. As obras devem ser iniciadas na metade do ano que vem, devendo ser entregue até maio de 2016. O prefeito Alexandre Cardoso (sem partido) disse que as empresas que se instalarem no local deverão utilizar pelo menos 80% de mão de obra do município. “Estamos contruindo o Centro Vocacional Tecnológico voltado para o setor moveleiro (CVT) e ampliando o CVT da Solda para atender à demanda de todos os empreendimentos, com capacitação de pessoal para o mercado de trabalho. Não adianta virem as empresas, se não temos mão de obra qualificada”, destacou.

Segundo ele, além do Arco Metropolitano, a localização privilegiada do município, entre alguns dos principais pólos de desenvolvimento do estado (Comperj, Porto do Açu, Usina de Angra e Porto de Itaguaí), facilita o fluxo de carga e a distribuição de material, o que tem atraído o interesse dos investidores no setor de logística. É o caso da Coca-Cola, que vai começar a funcionar no início de 2016.

Parceria%3A Mauro Dias%2C presidente da GLP%2C e prefeito Alexandre CardosoDaniel Castelo Branco / Agência O Dia

O investimento total foi de R$ 1 bilhão e serão gerados cerca de 2.300 empregos. Bunge, L'óreal New Steel e Forjaria Galperti são outros empreendimentos que se estão fixando no município. Juntas, as três investiram R$ 85 milhões e vão trazer 625 novos postos de trabalho. Outra novidade será a construção de um shopping perto do Arco. O empreendimento do Grupo General Shopping Brasil terá 108 lojas e 1.200 vagas de estacionamento.

Cidade terá BRT, ciclovia e ponte até a Ilha do Governador

De olho na expansão industrial proporcionada pelo Arco Metropoliano,Duque de Caxias tem adotado medidas para atrair as empresas,por meio de uma política de troca. “Não há renúncia de receita. O município oferece a oportunidade para o empreendimento se fixar e, em contrapartida, ele traz retorno com empregos, investimentos que alavancam o PIB, além de melhorar o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) da população. Estamos fazendo todo um trabalho de prospecção junto às empresas”, frisou o secretário de Desenvolvimento Econômico Paulo César de Oliveira. Também foi criada uma comissão para agilizar todos os processos relativos a licenciamento ambiental.

Com a chegada de novos empreendimentos, houve uma valorização imobiliária. “Perto do Arco, por exemplo, há a valorização de mais de 100% dos terrenos e imóveis”, ressaltou. Caxias também está buscando alternativas para melhorar a mobilidade urbana, cada vez mais complicada devido ao grande número de automóveis que circulam pelo município.

“Vamos ter BRT, ciclovia e uma ponte que ligará Jardim Gramacho à Ilha do Governador. Está tudo adiantado e vamos anunciar as obras em 15 dias”, disse o prefeito Alexandre Cardoso. Segundo ele, o município está preparando um projeto para ser aprovado pelo PAC de Mobilidade. “Precisamos criar opções para desafogar o trânsito. Para se ter uma ideia, em 2003, o município tinha 80 carros por habitante. Agora, nesse ano, já são 160”, disse o prefeito.

Você pode gostar