Por thiago.antunes

Rio - Apesar de o governo do estado descartar o risco de falta de água na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, moradores das cidades de Niterói, Itaboraí e São Gonçalo e também de Paquetá terão o fornecimento interrompido por 24 horas a partir desta quarta-feira. A concessionária Águas de Niterói informou ontem que a parada no serviço é necessária para que a Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae) faça a manutenção preventiva do sistema Imunana-Laranjal, que abastece a região.

A empresa explicou que a operação, iniciada às 6h, tem por objetivo preparar seus principais sistemas de produção para o verão, quando é maior o consumo de água. Ela garantiu, no entanto, que serviços essenciais como escolas e hospitais não serão afetados. A Cedae montou um esquema especial para atender esses estabelecimentos com carros-pipa durante a paralisação.

De acordo com a Cedae%2C a taxa de desperdício no estado chega a quatro litros de cada dez de água tratadaAlexandre Vieira / Agência O Dia

A concessionária pede que, neste período, a população controle o uso da água e evite o desperdício em atividades como banhos demorados e lavar louça com a torneira aberta. De acordo com a companhia, o sistema entrará em operação imediatamente após a conclusão da manutenção, mas, avisou, que em alguns pontos, o abastecimento poderá levar até 72 horas para voltar ao normal.

Um dos serviços programados irá interligar adutoras e instalar cinco válvulas em tubulações de grande porte, para tentar reduzir as perdas de água. O estado tem uma das mais altas taxas de desperdício. De cada dez litros de água tratada, quatro se perdem pelo caminho até chegar ao consumidor final.

Racionalização

A estiagem prolongada na Região Sudeste levou o Conselho Estadual de Recursos Hídricos do Rio de Janeiro a recomendar à Agência Nacional de Águas (ANA) e ao governo estadual a adoção de uma campanha de racionalização do consumo de água. A medida é para evitar o agravamento da crise hídrica sobre a Bacia do Paraíba do Sul. Responsável por abastecer a capital e municípios da Baixada, por meio da transposição para o Rio Guandu, seus reservatórios atingiram o menor nível da história.

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