Por eduardo.oliveira
Rio - Conforme O Dia antecipou, o governador Luiz Fernando Pezão e o secretário estadual de Agricultura, Christino Áureo lançam hoje, às 11 horas, em Italva, na Região Noroeste Fluminense, o plano emergencial para enfrentamento dos efeitos da seca nas Regiões Norte, Noroeste e parte da Serrana do estado.
O plano de contingência contará com recursos do Banco Mundial através do Programa Rio Rural, na ordem R$ 30 milhões. O investimento será aplicado em sistemas de nutrição para os rebanhos que sofrem com a falta de pasto e na perfuração de poços artesianos para captação de água e aquisição de alimento para os rebanhos. As medidas vão beneficiar cerca de 13 mil pequenos produtores prejudicados pela estiagem e serão executadas durante todo o ano de 2015..
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Serão reservatórios de água para matar a sede do gado e também irrigar lavouras. Somente o trabalho de perfuração dos poços vai utilizar R$ 12 milhões.
“Estamos vivendo a maior seca dos últimos 20 anos e a falta d’água já causou reflexos importantes no Rio de Janeiro. Entre agosto e novembro do ano passado, perdemos cerca de 5% da produção de hortaliças, 20% da produção de leite, aproximadamente duas mil cabeças de gado e 15% da safra de cana de açúcar. Para novembro, por exemplo, esperávamos 180 milímetros de chuva e tivemos apenas 5 milímetros”, afirmou o secretário de Agricultura, Christino Áureo.
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Para execução do plano, foi nomeada força-tarefa formada por técnicos das empresas vinculadas à secretaria de Agricultura - Emater-Rio e Pesagro-Rio - e da Defesa Agropecuária. As ações vão beneficiar cerca de 13 mil pequenos produtores prejudicados pela estiagem e serão executadas durante todo o ano de 2015.
Para receber os benefícios os proprietários deverão adotar as práticas indicadas pelo programa Rio Rural, que promove a agricultura sustentável em 350 microbacias do estado.
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A expectativa é de que sejam perfurados entre 50 e 60 poços de grande porte que vão fornecer água para microbacias hidrográficas, fazendo com que esse recurso chegue aos produtores que vão usá-lo na irrigação da lavoura e para consumo dos animais. Segundo Áureo, as ações já começam a surtir efeito nos próximos 40 dias nos locais mais afetados pela estiagem.
“Já começamos a cadastrar os produtores que terão direito ao benefício e estamos fazendo análises técnicas nessas regiões, que têm no subsolo um mar de água doce. Além dos poços, queremos também construir silos hídricos que servirão de reservatórios de água", explicou o secretário.
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Os produtores que forem beneficiados terão que oferecer como contrapartida o comprometimento da adoção de medidas que evitem futuras estiagens. Preservar as nascentes e matas ciliares e realizar ações de replantio são algumas delas. O cumprimento dessas ações será fiscalizado pelos comitês permanentes já existentes nas regiões com microbacias hidrográficas.