Por vinicius.amparo
Rio - O sonho de tomar banho de mar de Thais Pessanha foi realizado no último domingo graças a cinco agentes da Defesa Civil, que realizaram o sonho não só dela, mas também de diversas pessoas com deficiência. O local escolhido desta vez foi a Praia de Imbetiba, em Macaé, no Norte Fluminense. Para Thais, a sensação foi ótima. A iniciativa faz parte do projeto ‘Praia para Todos’: resultado de parceria entre a Prefeitura de Macaé e o Centro de Vida Independente (CVI).
Ele funciona no Posto 1 da Praia dos Cavaleiros, mas como o mar estava revolto, houve translado para a Praia de Imbetiba. O agente da Defesa Civil, Rosalvo Júnior, disse que os agentes são treinados para levar as pessoas com segurança ao mar. "Elas utilizam colete, cadeira anfíbia e todo o suporte necessário para reviverem a emoção do mergulho no mar”, informou.
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Na Praia de Imbetiba, a equipe contava com ajuda de uma esteira pela qual o cadeirante chegava até a tenda armada no meio da praia. De lá os agentes levavam os banhistas para a água. Para Rosalvo, a expectativa é de crescimento do projeto com a ida ao banho de mar de muita gente, inclusive de idosos. O projeto ‘Praia para Todos’ acontece todos os domingos, das 9h às 13h, no Posto 1 (Praia dos Cavaleiros).
Para a execução do projeto, pessoas com deficiência física, visual, auditiva, mental e motora contam com o trabalho dos agentes da Coordenadoria Extraordinária da Defesa Civil. Representa a prática de políticas de inclusão social por parte da prefeitura.
Thais teve seu sonho realizado durante o banho de marAna Chaffin/Divulgação

As fases do projeto

A primeira fase do projeto ‘Praia para Todos’ consiste em banho de mar, já o segundo estágio ocorrerá com a prática de surfe e de stand up adaptados para pessoas com deficiência. É grande a aceitação do público: muitos se emocionam. Todos ficam satisfeitos: as pessoas com deficiência e seus familiares e amigos.

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Um sonho realizado
De acordo com o presidente do CVI, Hildemar Miranda, o projeto que oferece acessibilidade à praia não para por aí. “Futuramente haverá mergulho adaptado em piscina, canoas adaptadas na Lagoa de Imboassica para cadeiras de rodas. É preciso agradecer o apoio da prefeitura e da Defesa Civil”, assegura.
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Hildemar conta que esse projeto é um sonho. “Em 2011, o CVI trouxe surfe adaptado para participar do campeonato de surfe de Macaé. Nossa cidade está de parabéns com mais essa conquista que promove a qualidade de vida da população. Quanto mais serviços para todos, melhor. Não existe homem perfeito. Todos podem sofrer alguma sequela”, pontua.
Ele comenta que os serviços públicos devem ser acessíveis a todos. “As empresas devem se preparar para as pessoas com deficiência. Somos todos cidadãos. Tudo isso é o conceito de Desenho Universal. Adaptações devem ser feitas para que Macaé seja uma cidade adaptada. Esse é o caminho natural. Hoje tudo está mudando. Quando fiquei na cadeira de rodas (1989) não havia ônibus adaptados. Hoje são mais de cem”, comemora.