Por rosayne.macedo

Rio - O Estado do Rio recebeu na última segunda-feira (15) o total de R$ 195 milhões em royalties do petróleo, relativos à produção apurada na Bacia de Campos no mês de abril. O resultado é inferior em R$ 4 milhões (-2,1%) à cota recebida no mês de maio. No ano a perda percentual das receitas com as cotas mensais dos royalties chega a 22% em relação à 2014. A perda do Espírito Santo é maior e chega a 38%.

"A queda é resultado do dólar médio em abril na faixa dos 3 reais, do petróleo brent por volta dos 65 dólares o barril e uma produção na Bacia de Campos da ordem de 48 milhões de barris ( 6% inferior em relação a dezembro de 2014)", explicou o economista Ranulfo Vidigal.

Segundo ele, o repasse aos estados já mostra uma ideia preliminar do que vai se repetir, na média, para os municípios produtores no Estado do Rio, que devem receber na próxima semana, entre os dias 20 e 22, o depósito referente ao mês de abril. Ou seja: a situação de penúria de muitos municípios que dependem destes recursos deve permanecer.

"É sempre bom lembrar que, até agora, não se realiza completamente a previsão de volta da cotação do brent para a faixa dos 70 dólares, como era a expectativa de alguns. Por outro lado, o dólar, na medida em que os juros da Selic fiquem altos (atraindo capital externo) tende a manter-se próximo a 3/3, 10 reais", explicou o economista.

Outro ponto a observar, segundo ele, é a pauta no Supremo Tribunal Federal (STF) da lei que distribui os royalties para todos os municípios brasileiros, prestes a ser votada. "Resumo da ópera: a conjuntura para os municípios e estados produtores ainda merece cuidados ultra especiais", destaca Vidigal.


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