Por felipe.martins

Rio - Servidores concursados de Magé que moram fora do município denunciam que estão sendo exonerados pela atual administração municipal. De acordo com o Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Rio (Sepe), nove professores, além de outros funcionários, foram demitidos de forma arbitrária e sem receber direitos trabalhistas. A prefeitura nega que houve cortes fora dos padrões.

Segundo o Sepe, os servidores demitidos foram admitidos em 2012, após uma década sem concursos para educação no município. A prova só foi realizada após o sindicato entrar, junto ao Ministério Público, com um termo de conduta para regularizar a situação. Para o Sepe, estas demissões podem ser uma retaliação, já que anteriormente os professores eram indicados.

Sepe denuncia que nove professores foram dispensados em escolaDivulgação

“Essas contratações funcionavam na base do conchavo. O professores eram amigos de políticos. Suspeitamos que isso seja uma retaliação da prefeitura, já que os concursados questionam, cobram melhorias”, disse Gilberto Rodrigues, coordenador do Sepe em Magé,além de afirmar que o sindicato já entrou com processo.

Segundo funcionários ouvidos pelo DIA, a prefeitura não realizou as etapas necessárias para justificar as demissões dos concursados. Além disso, afirmam que não receberam o Fundo de Garantia e outros direitos trabalhistas. “Ninguém nunca me chamou para fazer uma avaliação. Saí sem receber nada e agora estou em uma situação muito difícil”, disse o vigia de escola Aylton Carvalho, de 53 anos, morador de Duque de Caxias.

Grávida de seis meses, a professora Izadora Lebtag, que mora na Tijuca, contou que chegou a passar mal quando soube da demissão. “É muito desrespeito. Existe uma lei que requer várias etapas de avaliação para um concursado ser demitido. Mas isso não aconteceu, tanto é que depois eles disseram que não sabiam que eu estava grávida”, denunciou.

O prefeito de Magé, Nestor Vidal (PMDB), negou as denúncias por meio de nota. “Não há demissões fora dos padrões normais da gestão. Houve um número reduzido de concursados reprovados no período probatório e pequenas despesas. Estamos trabalhando no limite do permitido de gastos com pessoal”, diz a nota.

Reportagem do estagiário Lucas Gayoso

Você pode gostar