Por felipe.martins, felipe.martins
Mauro Costa trabalhava como personal em Barra do Piraíarquivo pessoal

Rio - A 95ª DP (Vassouras) deu por esclarecida a morte do professor de Educação Física Mauro da Costa Júnior, de 23 anos, espancado até a morte por um grupo de jovens na Rua da Broadway, no Centro do município, no Sul Fluminense, no dia 11 de outubro. Dois suspeitos de participação nas agressões – os irmãos e serventes de pedreiro, Anderson dos Santos Pereira de 29 anos, e Rafael dos Santos Pereira, de 26 -, foram presos.

O delegado José Soares, no relato encaminhado ao Ministério Público, descartou completamente a participação de estudantes de Medicina no episódio, conforme chegou a ser investigado.Embora o município estivesse lotado com sete mil alunos de 23 faculdades de Medicina do Rio e Espírito Santo, que participavam de uma festa da 22ª Olimpíadas Regionais Estudantis de Medicina (Orem), nenhum estudante teria se envolvido na pancadaria, que resultou na morte de Mauro.
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No dia do crime, conforme o DIA Online publicou, a comissão organizadora do evento lamentou o ocorrido e afirmou que a tragédia não tinha relação com as Olimpíadas Regionais. “Apesar de o fato ter ocorrido concomitante ao evento, o jovem não participava do mesmo”, dizia o texto.
Em nota, a Polícia Civil informou que no dia 29 de outubro Anderson e Rafael foram presos. Dias antes, eles já haviam prestado depoimentos, cujos conteúdos não foram revelados. Ambos não tinham antecedentes criminais. A confusão teria começado por conta de um esbarrão dado por Mauro em um deles. Agora, respondem por homicídio qualificado por motivo fútil, e poderão pegar cada um até mais de 20 anos de prisão. A 95ª DP não conseguiu identificar outros jovens que supostamente aparecem espancando a vítima num vídeo, por conta da má qualidade das imagens.
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Festas foram liberadas na região
Na época do crime, moradores usaram as redes sociais para protestar contra as festas estudantis. Os festejos, “regados pelo alto consumo de drogas e álcool”, conforme postagens de internautas, chegaram a ser suspensos pela Prefeitura de Vassouras, mas foram retomados depois que a polícia garantiu que investigações apontaram que não havia envolvimento de estudantes de Medicina no assassinato.
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Na internet, amigos de Mauro ainda se mostram inconformados. “Não consigo acreditar. Muita angústia, muita saudade. Não está sendo fácil”, lamentou a estudante Thais Porto, de 19 anos. Evangélico e pacato, Mauro morava e trabalhava numa academia no Centro de Barra do Piraí. O primo da vítima, Matheus Medeiros, que estava com ele na hora da confusão, revelou que o personal trainer chegou a pedir desculpa pelo esbarrão, que teria motivado o ataque. Ele sofreu traumatismo craniano.
Os dois suspeitos também são jovens e moradores de Vassouras. Segundo o delegado titular da 95ª DP, José Soares dos Santos, ainda não é possível afirmar se as agressões ocorreram somente porque a vítima esbarrou em um dos acusados, ou se já havia uma rixa antiga deles com o personal trainer.
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