Por clarissa.sardenberg

Rio - Desfilou semana passada na passarela do STF a ‘Miss Brasil Inocência Última Instância’! A candidata não é igual à dos concursos em que se procura a representante da beleza de algum estado da federação. Neste se buscou a beleza da lei e o cumprimento da Justiça. A Miss representava todos os estados brasileiros, os cidadãos e os que torcem por ordem, progresso, Justiça e integridade da Constituição.

Deu empate nos primeiros momento, foi emocionante, tencionou o Brasil. Certos jurados estavam apaixonados, queriam a candidata Inocência livre, mantendo a contravenção solta até o julgamento final. Salvariam a chance para nesse percurso ela emagrecer, fazer uma plástica, se desvencilhar de tudo que é feio! Trocaria o guarda-roupa, lavaria todo o dinheiro em grifes famosas, se tornando honesta ao longo do moroso tempo da Justiça. Na posse do foro privilegiado, garantida pelos supremos, provas destruídas, ela triunfaria absolvida por ausência de materialidade de seus crimes. Nesse instante, JEC perguntaria: “Tem algum papel assinado por ela? Não há, não tem crime, é golpe!”.

De coroa e cetro, ela faria seu discurso em lágrimas, grata ao STF por, de modo justo e correto, tê-la poupado a humilhação desnecessária na carceragem da República de Curitiba! A corte é sensível, se preocupa com as Misses e Misters, eles não podem ser presos, só no “último concurso”.

As bancas de profissionais do direito junto aos fãs fervorosos que votaram torciam por vitória, uma decisão dessas deve valer dinheiro, muitos precisavam de alforria. Movidos por sentimentos nobres, quase bisam o impeachment com o ministro dando aquela ‘rasgadinha’ na Constituição. Vana dançou mas com direitos políticos salvos. O perigo era iminente, afinal, o personagem perigoso estava lá, ameaçava ‘marmelada’.

A presidente do STF, representante legítima do gênero feminino naquela corte, foi quem botou ponto final na candidata e nos jurados: nada de liberdade até julgamento final, não pode ficar dando mole por aí, se exibindo e atrapalhando a Justiça com acordos, tentando se livrar da cana dura! No fim do certame venceu a candidata Miss Brasil Presa Em Segunda Instância! O país delirou e, no primeiro lugar, de cetro, coroa e capa preta, venceu a Miss Justiça!

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