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Por Denise Hills Superintendente de Sustentabilidade e Negócios Inclusivos do Itaú

Rio - O empreendedorismo feminino tem alcançado conquistas importantes no Brasil e no mundo. Devemos comemorá-las, sem dúvida, mas ainda mais importante é a reflexão sobre a importância do aumento da presença feminina para o desenvolvimento socioeconômico mundial.

Dados do relatório 'Situação da População Mundial 2017', do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), apontam que a promoção da igualdade de gênero poderia somar US$ 28 trilhões ao PIB global. Mesmo representando metade da população mundial, a participação das mulheres na força de trabalho, nos cargos de liderança e no PIB global ainda não acompanha essa proporção.

Embora as mulheres, historicamente, tenham enfrentado um cenário de desvantagem em direitos civis e participação social, elas avançam rápido: segundo o relatório Global Entrepreneurship Monitor (GEM), feito com o Sebrae, as brasileiras já correspondem a 51% dos empreendimentos em fase inicial do país. Mas em negócios estabelecidos a participação cai para 14,3%, revelando que elas enfrentam mais obstáculos que os homens para que seus negócios prosperem.

Um desses obstáculos é a falta de autoestima financeira, ou o fato de que muitas mulheres não se apropriam da gestão de seus negócios ou de suas vidas, por falta de referências e por considerarem essa área um território masculino.

Quem já percebeu a importância de incentivar a participação da mulher na Economia entende o quanto esse movimento é sustentável. Diversas empresas e instituições dedicam-se a transformar esse cenário, pois acreditam nos benefícios de um ambiente de trabalho inclusivo.

Analisando apenas o gênero, quando comparadas com as demais, companhias com práticas avançadas de equidade apresentaram probabilidade 21% maior de ter margem EBIT superior, além de possibilidade 27% maior de criar valor no longo prazo, de acordo com estudo 'Diversidade como Alavanca de Performance', divulgado neste ano pela Mckinsey.

Dar visibilidade ao tema, inspirando inclusive a participação das novas gerações, oferecer ferramentas para que as mulheres assumam a gestão financeira de seus negócios, além de incentivar o trabalho em rede são aspectos fundamentais para fomentar o empreendedorismo feminino.

A soma de todos esses fatores leva ao empoderamento das mulheres, um movimento poderoso que precisa de muita energia, união entre empresas e sociedade civil e força para alcançar a tão sonhada equidade.

Denise Hills é superintendente de Sustentabilidade e Negócios Inclusivos do Itaú

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