Por gabriela.mattos
Juiz federal do Rio deixou Otávio Azevedo em prisão domiciliar%2C em SP Divulgação

Rio - A Justiça Federal do Rio voltou atrás e decidiu soltar nesta quinta-feira o ex-presidente da Andrade Gutierrez Otávio Marques de Azevedo. Apontado como um dos homens mais ricos do Brasil, Azevedo foi preso na Quarta-Feira de Cinzas por determinação do juiz federal Marcelo da Costa Bretas, do Rio de Janeiro. O empreiteiro é suspeito de de pagamento de propina na construção da usina nuclear Angra 3.

Na semana passada, o juiz federal Sérgio Moro, do Paraná, pôs Azevedo em liberdade depois que o empresário fechou um acordo de delação premiada. O empreiteiro foi preso pela segunda vez, quando estava em casa, em São Paulo, em prisão domiciliar e com tornozeleira eletrônica.
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Com a permanência do executivo da Andrade Gutierrez em prisão domiciliar, Marcelo Odebrecht, ex-presidente da Odebrecht, é um dos poucos empreiteiros investigados na Operação Lava Jato que permanece atrás das grades. Com uma fortuna estimada em R$ 13,1 bilhões e considerado o nono mais rico do Brasil, Marcelo está preso desde junho do ano passado, numa cela do Complexo Médico-Penal do Paraná.
Ao contrário de executivos da Camargo Corrêa, UTC, Schahin, Carioca, Toyo-Setal e agora Andrade Gutierrez, que optaram pela delação premiada para garantirem liberdade, Marcelo não cogita a possibilidade.Em depoimento à CPI da Petrobras, em setembro do ano passado, ele chamou os delatores de “dedos-duros”.  A investigação da Lava Jato envolveu empresas controladas por seis das famílias mais ricas do Brasil — Odebrecht, Andrade, Gutierrez, Camargo, Queiroz Galvão e Mata Pires —, que comandam fortunas avaliadas em mais R$ 50 bilhões.
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