Por tabata.uchoa

Rio - A pouco mais de sete meses das eleições municipais, oito pré-candidatos à prefeitura do Rio já começam a se posicionar no grid de largada. Uns com mais chances, outros com menos. Mas o fato é que esta deverá ser uma das eleições mais quentes do país. “O desfecho é imprevisível. Por enquanto, só é previsível que será uma eleição muito disputada e haverá segundo turno”, resume o cientista político Ricardo Ismael, da PUC-RJ. 

Oito pré-candidatos deram a largada para concorrer à sucessão de Eduardo PaesAgência O Dia

Dos oito pré-candidatos, cinco deverão seguir em frente e passar pelo crivo das convenções partidárias, que têm até o dia 5 de julho para definir quem vai concorrer no dia 2 de outubro, data do primeiro turno. Apadrinhado pelo prefeito Eduardo Paes, o supersecretário Pedro Paulo Teixeira, do PMDB, é um dos postulantes mais fortes, apesar de sua candidatura hoje estar fragilizada com as denúncias de agressão à ex-mulher Alexandra Marcondes. O arco de alianças em torno de seu nome deverá contar com uma dezena de partidos.

Um dos apoios dado como certo é o do PT de Washington Quaquá, presidente do partido no Rio. A legenda deve se dividir na eleição carioca: ala petista defende o apoio à deputada federal Jandira Feghali, do PC do B, ou ao deputado estadual Marcelo Freixo, do Psol.

ALIANÇAS
Cada vez mais próximo ao PMDB de Eduardo Paes, o DEM do deputado federal Rodrigo Maia é outro que está pronto para se engajar na campanha de Pedro Paulo. “É natural apoiar o candidato do PMDB”, diz Rodrigo. O namoro dos dois partidos ficou mais forte em 2015, desde que Bruno Mattos, homem de confiança da família Maia, foi nomeado vice-presidente da Riotur.

Dividida, a esquerda vai lançar, além de Freixo, a candidatura do deputado federal Alessandro Molon (Rede). Em 2012, Freixo teve um bom desempenho, com 13% dos votos válidos, na eleição vencida em primeiro turno por Paes. “O Molon e o Freixo vão disputar o mesmo eleitorado”, diz Ricardo Ismael.

Em outra frente, o PSB terá como candidato o senador Marcelo Crivella, que se filia ao partido esta semana. Com o apoio do ex-jogador e senador Romário (PSB), Crivella está confiante de que, na nova casa, vai ampliar sua votação para além dos setores evangélicos. Bispo licenciado da Igreja Universal, Crivella já disputou a prefeitura duas vezes, em 2004 e 2008, e chegou ao segundo turno contra o governador Pezão em 2014.

Decidido a fincar raízes no Rio, o PSDB cooptou o ex-secretário Carlos Osorio que, depois de participar dos governos Paes e Pezão, deixou o PMDB para ser candidato tucano à prefeitura carioca. “Nosso eixo é anti-Dilma, anti-PT e vamos procurar parcerias nesse campo”, afirma o deputado federal Otávio Leite (PSDB).

Dos oito pré-candidatos, os deputados federais Hugo Leal, do Pros, e Índio da Costa, do PSD, além de Jandira Feghali, enfrentam dificuldades de se viabilizar e devem desistir da disputa. 

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