Por gabriela.mattos

Rio - O Estado pagará os salários dos servidores ativos, inativos e pensionistas na próxima sexta-feira, e o valor será de R$ 1,445 bilhão a mais de 468 mil profissionais. Inicialmente, o prazo era até esta quarta-feira. No entanto, a assessoria de imprensa do governo afirmou que o adiamento foi necessário "por causa do agravamento da crise financeira fluminense, provocada pelo aprofundamento da desaceleração da economia brasileira".

A assessoria destacou ainda que o governo está fazendo esforços para gerar receitas para enfrentar as "turbulências econômicas".

Estado pagará salários de servidores na próxima sexta-feiraLevy Ribeiro / 17.08.2015

Desde o fim do ano passado, o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, fez várias mudanças no calendário dos servidores para que o pagamento possa ser efetuado. O novo prazo é até o sétimo dia útil de cada mês. Será o terceiro mês consecutivo que os funcionários reclamam da dificuldade de receber o salário da na data estabelecida. 

Crise causa greves

O governo Pezão vem enfrentando uma série de greves por conta da crise no estado. O atraso nos salários, a mudança no calendário dos pagamentos e o parcelamento da segunda parcela do décimo terceiro, além dos pedidos de reajustes salarias e melhores condições de trabalho, são as reivindicações dos grevistas.

Nesta segunda-feira, funcionários e alunos da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) realizaram um protesto no primeiro dia de paralisação da instituição, votada em assembleia na semana passada.

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A instituição emitiu uma nota hoje e disse apoiar o movimento grevista por não ter recebido parte da verba para honrar com o pagamento de tercerizados e bolsistas. Os grevistas acusam o governo de descaso e reivindicam melhorias no que chamam de "sucateamento da universidade".

No último dia 20, em assembleia geral realizada no Clube Municipal, na Tijuca, profissionais de educação das escolas estaduais decidiram entrar em greve por tempo indeterminado. De acordo com o Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação do Rio de Janeiro (Sepe-RJ), a decisão de paralisar as atividades foi tomada devido às últimas manobras do governo estadual, que, além dos atrasos e parcelamentos nos vencimentos, mudou o calendário de pagamentos para o sétimo dia útil e enviou à Alerj projeto que prevê mudanças no sistema previdenciário do funcionalismo estadual.

Conforme adiantou nesta terça-feira o Informe do Dia, o projeto que previa o aumento no desconto da previdência dos servidores, além de impedir a concessão de reajustes salariais nos próximos anos, foi retirado da Alerj por Pezão.

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