Por luis.araujo

Rio - A Polícia Civil realizou na manhã desta sexta-feira, uma segunda parte da operação Backdoor, que tem como objetivo desarticular uma quadrilha que fraudava carteiras de habilitação do DETRAN. Por meio da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI), agentes foram em busca do cumprimento de 48 mandados, sendo eles de prisão preventiva ou de restrição de direitos. Além dos mandados já cumpridos, há ainda 22 pessoas foragidas.

A Operação, coordenada pelo Delegado de Polícia Alessandro Thiers Pinho Alonso, titular da DRCI, cumpriu treze mandados de prisão preventiva contra Priscila Ribeiro Braga, Paulo Cesar da Fonseca Coelho, Renato Souza da Silva, Carlos Roberto de Oliveira Grunmnt, Elizabeth Rosa de Jesus, Adabelto de Freitas, Anderson Guimarães Teixeira, Clécio Pereira de Oliveira, Allan Bastos Bandeira da Silva, Mario Alexandre Bandeira da Silva, Paulo Henrique Gomes Soares, Vanessa de Amarante Bonfim Souza.

Além das prisões, foram cumpridas treze suspensões do direito de exercício das atividades profissionais ligadas diretamente a autoescolas e ao DETRAN, contra José Carlos Neves dos Santos, Antônio Ferreira Filho, Sérgio Luiz Pinto Nunes, Leonardo Lopes Nunes, Ronaldo Ribeiro da Luz, Fabrícia Picanço Campos Furtado, Daniel Santos do Amaral, Alexandre Silva dos Santos, Edio Antônio Rodrigues Neto, Fernanda Santos do Amaral, José Lucidio de Oliveira, Julio Cesar Gonçalves e Milene Guimarães Teixeira.

Relembre a primeira operação

A operação, batizada de Backdoor, aconteceu em várias regiões do estado. Foram presas 14 pessoas, e 22 estão foragidas, entre elas Wesley de Souza Cortinoves, o Leitão. Ele é apontado pela polícia como o mentor do esquema. A operação cumpriu ainda 112 mandados de busca e apreensão e 280 de condução coercitiva.

Segundo as investigações, os condutores pagaram R$ 3 mil para obter o documento sem precisar assistir às aulas. Todos serão chamados a depor, inclusive os responsáveis pelas empresas. Se comprovado o dolo podem responder por conduta indevida.De acordo com as investigações da DRCI, a quadrilha faturou R$ 380 milhões com o esquema. O Detran garantiu que vai descredenciar as autoescolas envolvidas.

A fraude era feita por um software inserido no sistema do Detran que permitia que os fraudadores dessem presença aos alunos sem que eles fossem às aulas. O esquema funcionava tanto para quem iria tirar a primeira habilitação quanto para os motoristas que queriam a segunda via do documento. Nesse último caso, muitos haviam perdido a carteira por excesso de pontos devido a multas ou haviam perdido o documento após serem flagrados em blitzes da Lei Seca.

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