Rio - Após denúncias de maus tratos feitas por entidades protetoras dos animais, policiais encontraram, nesta sexta-feira, 14 ossadas de cães e gatos, dentro das dependências do complexo esportivo do Maracanã. A operação da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente realizada em conjunto com a Secretaria Especial de Promoção e Defesa dos Animais (Sepda) localizaram várias carcaças, algumas retorcidas, na área do parque aquático Júlio Delamare e do Estádio Célio de Barros.
Segundo a polícia, foram recolhidos dois cães vivos e muito magros que estavam no fundo de uma piscina atrás da área do vestiário dos atletas. O secretário da Sepda, Luiz Carlos Ramos Filho contou que os cachorros estavam muito debilitados. “Eles estavam com hipotermia, provavelmente foram colocados lá, pois não teriam como entrar sozinhos pela profundidade”, disse. Os cachorros foram encaminhados para tratamento veterinário.
De acordo com a DPMA, todos os envolvidos, incluindo o consórcio que administra o espaço, serão chamados para prestar depoimento. As ossadas de cães e gastos foram encaminhadas para o Instituto Médico Legal (IML). Policiais vão investigar se os animais foram envenenados ou atacados por outros bichos, pois alguns deles tinham indícios de mordidas.
A suspeita da polícia era que cães eram soltos à noite propositadamente dentro do complexo para matar os gatos que circulavam pelo local. A área era reservada e de difícil acesso do público que frequenta o espaço esportivo. A pena por maus tratos de animais domésticos pode chegar a três meses a um ano de prisão.