Por gabriela.mattos

Rio - Uma jovem de 13 anos, que vivia com a mãe, foi estuprada dentro da sua própria casa por quem devia protegê-la: seu padrasto. E não só por ele. Também pelos outros homens que a mãe da menina teve antes dele. A última relação sexual forçada, em outubro do ano passado, deixou um rastro que vai ser difícil apagar da memória da menina: uma gravidez.

A trágica sequência de violência está nos autos de processo. A jovem está acolhida na casa de parentes, em Campo, no Norte Fluminense, onde a Justiça concedeu a licença para o aborto, com 18 semanas de gestação.

A Defensoria Pública do Rio confirmou que o aborto, decorrente de violência sexual contra a adolescente, foi realizado no último dia 9 em hospital no Rio de Janeiro. Mais detalhes do processo não foram revelados para preservar a vítima.

A decisão partiu do juiz da Vara da Infância, da Juventude e do Idoso de Campos, Marcio Roberto Costa, que acolheu o pedido da Defensoria e da Promotoria, com a condição de que o procedimento adotado não a ponha em risco a saúde da menina.

O juiz estabeleceu a realização de exames médicos e pré-operatórios, visando que seja adotado o procedimento mais adequado ao caso e com máximo de segurança possível para garantir integridade da menina.

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