Rio - Eram 10h40 da manhã desta terça-feira, no sinal vermelho na Avenida das Américas, uma das principais vias da Barra da Tijuca, na altura do número 3.500, quando o segurança do deputado Flávio Bolsonaro rendeu dois bandidos em motos após perceber que os criminosos iam atacar o motorista ao lado. Ao notar que um dos bandidos sacou a arma para atirar no seu guarda-costas, Bolsonaro, que estava a caminho da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), disparou seis vezes, ainda sentado no carona de um Honda Civic. Ainda não há informações de feridos.
Segundo o deputado, que prestou depoimento na 16ª DP (Barra da Tijuca), a reação não infrigiu nenhuma lei. "Eu tenho porte de arma, sou preparado e autorizado legalmente. Pude então ser solidário a uma pessoa que estava sendo assaltada e pude agir em defesa de uma vida que poderia ter sido perdida naquele momento", disse Bolsonaro. "Reagi em legítima defesa de terceiros", declarou.
"Essa situação poderia ter acontecido com qualquer cidadão", afirmou. Flávio Bolsonaro garantiu que todos os tiros que atingiram o carro do seu segurança foram disparados por ele. E aproveitou para indagar se a segurança no Rio estava pronta para receber os Jogos Olímpicos, em agosto.
"A segurança pública está em um nível preocupante. O delegado me informou que não há viatura suficiente para ir até o local e checar as câmeras, no momento que o assalto aconteceu", acrescentou. "Não tem como faltar o básico. Se a nossa polícia não tem como proteger o cidadão, como vamos ter nosso direito de ir e vir?", completou.
A arma do Bolsonaro teve a liberação nesta terça-feira mesmo, após ter sido periciada, junto com o carro que também foi liberado. Em relação ao porte de arma, o deputado afirmou que, como cidadão, quer ter o direito de se defender em sua própria defesa e de terceiros. "
Para ter porte preciso de preparo. Fiz todos os testes, acompanhamentos. Faço curso de tiro", concluiu. "Todo cidadão deveria ter", finalizou ele, que acrescentou que tem sua autorização para andar com arma desde 2003 e que faz a renovação sempre, de 3 em 3 anos.
A Polícia Federal informou que o deputado Flávio Bolsonaro possui legalidade com validade até 27/01/2019, e que esta autorização o permite portar arma em via pública.
O titular da 16ª DP, Marcus Vinícius Braga, disse que a investigação está em andamento para apurar as causas da ocorrência envolvendo o deputado.
?Reportagem da estagiária Carolina Moura