Por roberta.campos

Rio - Depois de irritar muita gente ao fazer homenagem ao torturador da ditadura, coronel Ustra, em seu voto a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff, o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) foi alvo de manifestação de um grupo de 50 ativistas do movimento Levante Popular da Juventude-RJ. O protesto ocorreu neste domingo em frente à casa onde ele mora, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio.

Os manifestantes seguiram pela Avenida Lúcio Costa chamando o parlamentar de “Bolsomonstro” e associaram Bolsonaro a Hitler, ditador nazista alemão.

Manifestantes fazem protesto em frente a casa de BolsonaroDivulgação/Giulia Ramos

Com uma faixa chamando Bolsonaro de golpista, o grupo gritava palavras de ordem contra o impeachment e contra a apologia à ditadura, cantando: “Bom dia Bolsomonstro, como vai? Bom dia Bolsomonstro como vai? Não aceito retrocesso, muito menos seu fascismo. Bom dia Bolsomonstro, como vai?”

Em sua página no Facebook, Bolsonaro escreveu que estava cercado de simpatizantes do PT e disse que eles ameaçavam invadir sua residência: “Minha propriedade privada é sagrada. Se um dia invadirem, não sairão”.

O protesto durou cerca de meia hora. Durante este tempo, os moradores do condomínio foram impedidos de entrar e sair. Eles afirmaram que o deputado saiu junto com a filha pequena e ficou esperando o protesto acabar no condomínio vizinho.

Jovens fazem ato contra o deputado federal no RioDivulgação/Giulia Ramos

“Quando os manifestantes foram embora ele (Bolsonaro) veio aqui fora e tirou foto do lado da pichação (que o criticava) e também com umas pessoas que passavam na hora”, contou um flanelinha.

Na última semana, o Ministério Público Federal anunciou que vai analisar os questionamentos recebidos contra a conduta do parlamentar durante a votação do impeachment na Câmara dos Deputados. A Ordem dos Advogados do Brasil vai pedir ao Supremo Tribunal Federal a cassação do mandato de Bolsonaro.


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