Por paulo.gomes

Rio - A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) está apurando as causas de um acidente ocorrido na manhã desta segunda-feira, no interior da empresa, em Volta Redonda, no Sul Fluminense. As primeiras informações é de que um imprevisto ocorreu no Alto-forno 3 , que estava sendo religado, após uma manutenção programada de dez dias. Rolos de fumaça branca assustaram a população. De acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos do Sul Fluminense, um homem ficou ferido.

Erivelton de Almeida de Araújo, de 38 anos, foi encaminhado ao Hospital Vita após inalar gás. Ele está consciente e foi levado para a sala de repouso da unidade. Segundo o sindicato, a vítima contou que estava no quarto andar do AF-3 recolhendo equipamentos e não soube dizer o que aconteceu no momento do acidente. 

A organização informou ainda que o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, Silvio Campos, conversou com o Erivelton e colocou o órgão sindical à disposição.

Fumaça branca no interior da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) assusta os moradores de Volta RedondaErnesto Carriço / Agência O Dia

Através de nota oficial, a CSN informou que durante o processo de retomada das operações do Alto-Forno 3, que passava por uma manutenção programada de dez dias, ocorreram emissões fugitivas no equipamento. O problema já foi controlado e os órgãos ambientais imediatamente comunicados.

Imagem mostra o momento em que o incêndio ainda estava sem controle%2C por volta das 9hDivulgação / WhatsApp do DIA (98762-8248)

No dia 25 de março, outro grave acidente foi registrado no interior da CSN, quando um incêndio deixou quatro operários queimados. Um deles, Wanderlei dos Santos, de 38 anos, com 70% do corpo queimado, morreu dias depois. O acidente aconteceu em uma tubulação do setor de zincagem, onde as bobinas de aço recebem uma camada de zinco.

Na ocasião, além de Wanderlei, também ficaram feridos Dênis da Silva, de 37 anos, Aluênio Alves, de 31, e Renan Martins, de 29, que tiveram de 20% a 30% dos corpos queimados e permanecem internados.

Líderes da oposição sindical afirmam que a quantidade de demissões nos últimos meses, mais de mil, segundo estimativas, estaria provocando acidentes sucessivos no interior da usina, por acúmulo de trabalho para os metalúrgicos que ainda mantêm o emprego.

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