Por tiago.frederico

Rio -  A Delegacia de Roubos e Furtos de Automóveis (DRFA) deflagrou nesta quarta-feira a Operação Pedra Grande em bairros da Zona Norte, como Madureira e Del Castilho, e Niterói, no grande Rio, para desarticular uma quadrilha que vendia carros de luxo clonados. Na ação, dois homens foram presos com 12 veículos que, juntos, são avaliados em mais de R$ 1 milhão. Mais oito suspeitos foram identificados.

Após nove meses de investigação%2C dois suspeitos foram presos ontemMarlos Bittencourt

Com passagens pela polícia, os suspeitos Felipe da Silva Oliveira Velho, de 24 anos, e Mateus Ferreira da Silva, 29, foram apresentados na Cidade da Polícia, em Manguinhos. Com eles foram apreendidos ainda cartões de banco, documentos de identidade, de compra e venda e veículos. Felipe Velho, um dos presos, tinha pelo menos seis identidades: nelas ele se chamava Hélio, Maurício, Denis, Rodrigo, Felipe e Paulo. Entre os carros estavam Evoque (Land Rover), Corolla (Toyota), Civic (Honda), BMW, Sportage (Kia Motors) e Hilux (Toyota).

De acordo com as investigações, a dupla falsificava documentos de identidade e dos veículos, fazia remarcação de chassi e anunciava os carros em sites de compra e venda. De posse de documentos falsos, a quadrilha conseguia legalmente no Detran a segunda via dos documentos. Os valores movimentados pela quadrilha não foram divulgados.

“Foram nove meses investigando. Os carros eram vendidos por mais de R$ 70 mil, cada. Os compradores só percebiam que havia algum problema quando iam pagar o IPVA e viam que o carro não estava no nome deles”, disse o delegado Pedro Medina, titular da DRFA.

Segundo as investigações, a quadrilha gostava de ostentar riqueza: circulava com carros de alto luxo, viajava para a Região dos Lagos e gastava pequenas fortunas nas noites. Bens imóveis identificados em nome dos suspeitos deverão ser sequestrados pela Justiça, informou a Polícia Civil.

Medina informou que, a partir das imagens dos presos, quem tiver caído no golpe deve ir à polícia para denunciá-los. “Identificamos 15 pessoas lesadas, mas é possível que o número seja bem maior”, disse. O delegado descartou qualquer ligação de funcionários do Detran com a quadrilha. 

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