Por gabriela.mattos

Rio - Auto Viação Bangu, que operava 23 linhas na Zona Oeste, encerrou definitivamente suas atividades nesta quinta-feira e se tornou a sexta empresa de ônibus a fechar no Rio em 13 meses. Só na Zona oeste é a quinta.

Desde segunda-feira, a empresa estava paralisada devido à greve dos funcionários, que continuam sem receber salários. O Rio Ônibus, sindicato das empresas, informou que outras empresas do consórcio Santa Cruz, do qual a Bangu fazia parte, deslocaram 100 ônibus extras para não interromper as linhas.

Funcionários foram à empresa na esperança de receber saláriosEstefan Radovicz / Agência O Dia

Funcionários contam que, além de salários atrasados, os 200 ônibus da Bangu estavam sem condições de circular. Alguns foram à porta da garagem uniformizados com expectativa de boas notícias. “Esperamos que sejam pagos todos os vencimentos e, a partir daí, vamos procurar emprego”, contou Sidney Menezes, de 41 anos, há cinco, motorista da empresa. O Rio Ônibus informou que o consórcio atuará para assegurar os pagamentos.

O sindicato das empresas alega que o consórcio perdeu 14% dos passageiros em 2015, por causa da crise econômica e da concorrência desleal de vans e Kombis. A prefeitura informou que fiscaliza a atuação do consórcio, que é o detentor do contrato de concessão, para garantir o atendimento à população. Segundo a prefeitura, as vans foram regularizadas, a partir de 2012, para não competir com os ônibus e as tarifas cobrem a alta de custos das empresas.

Nesta quinta-feira, nos pontos, os passageiros disseram que o tempo de espera continuava alto como quando a empresa ainda operava. “Na linha 777 (Madureira X Padre Miguel), a espera continua de 40 a 60 minutos. A Viação Bangu era uma bagunça”, avaliou o aposentado Adilson da Conceição, morador de Realengo.

Reportagem da estagiária Julianna Prado

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