Por luis.araujo

Rio - Policiais da Delegacia de Combate às Drogas (Decod) prenderam, na madrugada deste domingo, no Centro do Rio, uma quadrilha de classe média, especializada em vender drogas sintéticas. O bando, formado por dez pessoas, agia em boates da cidade e era liderada por um ex-policial militar expulso da corporação com antecedentes criminais de roubo e extorsão.

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Além das dez prisões, foram apreendidos cerca de 900 comprimidos de ectasy e anabolizantes, um veículo e vários aparelhos de celular usados pelos criminosos. A polícia informa ainda que os traficantes comercializavam um anestésico utilizado em cavalos, que ao ser inalado tem um alto efeito alucinógeno com pequenas quantidades.

Traficantes são todos de classe médiaDivulgação

De acordo com titular da Decod, Felipe Curi, investigações indicam que o grupo faturava cerca de R$ 100 mil por noite com a venda da droga dentro das boates. Os presos e o material apreendido foram encaminhados para a Cidade da Polícia. Um carro de luxo foi apreendido.

"Todos responderão por tráfico e associação para o tráfico de drogas. Nossas ações serão intensificadas, com o objetivo de evitar que esse tipo de drogas, cem vezes mais potentes que as tradicionais, circulem pela cidade antes, durante e depois das Olimpíadas, quando um grande número de turistas estarão no município", ressalta Felipe.

Devastadoramente mais nocivas, as drogas sintéticas vêm ganhando as ruas no Brasil, aterrorizando famílias e autoridades, conforme o DIA publicou no último dia 5 com exclusividade. Tentando conter o derrame de produtos altamente alucinógenos, a Polícia Civil do Rio passou a investigar quadrilhas de classe média, especializadas neste tipo de tráfico. Em contrapartida, às vésperas das Olimpíadas, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) fez mais inclusões em sua lista de drogas proibidas, que agora somam mais de 50 Novas Substâncias Psicoativas (NSPs). As anexações mais recentes foram feitas no dia 21 do mês passado.

“Já havíamos detectado que traficantes de classe média  têm trocado cocaína por drogas sintéticas, principalmente ecstasy e LSD, além de novos entorpecentes desse tipo, na Europa e Oriente Médio, sobretudo na China. Por lá, a cocaína é bem mais cara e aqui as drogas sintéticas são mais baratas”, reafirmou Felipe Curi.

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