Por gabriela.mattos
Médico Renato Palhares lamentou morte de mulher%2C Giselle Palhares%2C em tentativa de assalto na Linha VermelhaReprodução Facebook

Rio - O médico Renato Palhares conversava com sua mulher, Giselle Palhares Gouvêa, de 34 anos, por telefone enquanto ela saía de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, em direção à Barra da Tijuca, na Zona Oeste, quando a médica disse que "daqui a pouco retornava a ligação". Após 40 minutos sem receber nenhuma notícia dela, ele ficou sabendo por um policial que a diretora Geral da Clínica da Família de Vila de Cava foi morta durante uma tentativa de assalto, na Linha Vermelha, na noite deste sábado.

Abalado com a morte da mulher, Renato afirmou que a violência no Rio está cada vez pior e destacou que a população tem que fazer alguma coisa. "Todo mundo vai sair com o carro blindado. Nunca achei que fosse acontecer comigo, achei que isso só era dados nos jornais, mas é algo que já se tornou repetitivo", lamentou o médico, acrescentando que Giselle era "muito querida". "Todos gostavam dela", completou.

Por volta das 19h deste sábado, a médica foi abordada na Pavuna, na Zona Norte, no acesso para a Linha Vermelha, e foi atingida por um tiro na cabeça. A dermatologista chegou a ser socorrida e levada para o Hospital Estadual Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, mas não resistiu. Renato esteve durante a tarde deste domingo no Instituto Médico Legal (IML) para a liberação do corpo. Ela será enterrada nesta segunda-feira, no Cemitério Jardim da Saudade, às 14h. O marido dela disse que doará as córneas da médica.

De acordo com a Polícia Militar, os suspeitos conseguiram fugir. A PM informou ainda que os agentes do Batalhão de Policiamento em Grandes Eventos (BPGE) estão fazendo buscas pela região para encontrar os envolvidos no caso. Inicialmente, a ocorrência foi registrada na 39º DP (Pavuna), mas as investigações serão conduzidas pela Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF).

Pelas redes sociais, amigos e parentes do casal lamentaram a morte da dermatologista. "Não há nada que seja dito que mudará essa tragédia", disse um deles. "Estou chocada com esse notícia! Peço a Deus que conforte o coração de todos vocês", desejou o outro. 

?LEIA MAIS: Médica é morta a tiros na Linha Vermelha

Em nota, a prefeitura de Nova Iguaçu elogiou o trabalho que Giselle fazia na Clínica da Família de Vila Cava e destacou que era uma "profissional querida pela comunidade do bairro, onde viveu toda sua infância, adolescência e juventude". "A prefeitura está cobrando das autoridades de segurança pública o máximo de empenho nas investigações para identificar os autores deste crime", reforçou.

O secretário de Saúde de Nova Iguaçu, Emerson Trindade, também enviou uma nota em solidariedade à família da vítima. "Esperamos que o crime seja esclarecido o mais rapidamente possível. Era uma excelente profissional, dedicada, comprometida com a Saúde de Nova Iguaçu e que fará imensa falta a todos nós", afirmou.

Você pode gostar