Por gabriela.mattos

Rio - A Justiça do Rio revogou, na tarde desta sexta-feira, a prisão do pastor Felipe Heiderich, acusado de abusar do próprio enteado de 5 anos. Ele foi denunciado pela sua mulher, a também pastora Bianca Toledo. No processo, o juiz Paulo Cezar Vieira de Carvalho Filho, da 17ª Vara Criminal da Capital, determinou ainda que o suspeito não se aproxime de Bianca e nem da criança.

Justiça do Rio solta pastor acusado de abusar de enteadoReprodução Facebook

O magistrado aceitou a denúncia oferecida pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ), que solicitou as medidas cautelares. Como o órgão não pediu a prisão preventiva, o pastor responderá o processo em liberdade. Além disso, Heiderich também será monitorado por uma tornozeleira eletrônica. Ele está preso na Cadeia Pública José Frederico Marques (Bangu 10), no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, na Zona Oeste do Rio. 

"Aguardamos apenas os trâmites burocráticos para que Felipe seja posto em liberdade e possa provar a sua completa inocência", disse o advogado do pastor, Leandro Meuser, em rede social.

Acima de qualquer suspeita

Jovem, bem sucedido e guia espiritual de milhares de cristãos: até esta quarta, esse era o perfil do pastor, ministro da Aliança Mundial de Evangelização e Ensino (AME), com sede no Rio de Janeiro. Era até o senador e pastor Magno Malta (PR-ES) ocupar a tribuna do Senado e tornar pública a face oculta de Felipe Heiderich, que está preso temporariamente por 30 dias, suspeito de estupro de vulnerável. A suposta vítima seria o seu próprio enteado, um menino de 5 anos, filho da atual esposa e parceira do pastor na liderança da AME, a pastora Bianca Toledo.

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“O fato é que a pastora Bianca Toledo, casada com o senhor Felipe Heiderich, descobriu que esse falso pastor estava abusando de seu filhinho”, bradou o senador, que presidiu a CPI da Pedofilia. A revelação do político não era segredo para a Polícia do Rio. Às 15h44m de 23 de junho, a pastora Bianca procurou a Delegacia de Atendimento à Criança e Adolescente Vítima (Dcav) para denunciar o marido por abuso sexual contra a criança. Laudos e entrevistas com psicólogas confirmaram a denúncia, de acordo com o inquérito.

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