Por clarissa.sardenberg

Rio - Suspeito de abusar sexualmente do enteado de 5 anos, o pastor Felipe Garcia Heiderich deixou o complexo penitenciário de Bangu, na madrugada deste domingo, sem tornozeleira eletrônica, de acordo com a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap). A defesa do religioso conseguiu junto ao desembargador Murilo Kieling a soltura, mesmo sem o uso do artefato. 

O governo não está fornecendo as tornozeleiras porque a empresa responsável parou de receber do estado em setembro. Já havia sido determinado anteriormente a prisão domiciliar de Heiderich e o Ministério Público se manifestou favorável pela decisão em tais condições.

Felipe Heiderich foi denunciado por Bianca Toledo por abusar sexualmente do enteado de 5 anos Reprodução Facebook

Heiderich teria cometido atos libidinosos contra o menino diversas vezes, segundo a denúncia apresentada pelo promotor Luiz Otávio Lopes, com base em investigações da Delegacia da Criança e Adolescente Vítima (DCAV). As ações foram cometidas até o dia 11 de junto deste ano.

Na noite desta sexta-feira, a pastora Bianca Toledo anunciou que irá tirar um tempo sabático para se deidicar apenas ao filho de 5 anos. Após denunciar Heiderich à Justiça, na última quarta-feira, ela decidiu fechar as portas do Ministério AME (Associação Mundial de Evangelização e Ensino), que dirigia com ele. Na web, ela comentou as críticas por "expor a família" e disse que as notícias procuram alertar outras mães que passam pelo mesmo a não ficarem caladas.

"Há 20 dias, estou sabendo do fato e estou tão perpelexa quanto vocês. Sou a pessoa mais devastada nesta história e ninguém pode imaginar o que meu filho está passado. Por isso, estou passando todo o meu tempo com ele. Vou tirar um mês sabático ministrando a vida dele, brincado com ele e protegendo ele. Não estou com raiva de ninguém, não quero promover a revolta em relação a ninguém. Estou agindo com justiça e protegendo a minha casa", disse Bianca.

Nesta semana, a Rede Super de Televisão também resolveu cancelar todos os programas que o casal tinha no canal, que tem sede em Belo Horizonte (MG) e retransmite programas evangélicos para vários países. Em 2015 a emissora mineira criou um programa para Bianca e Felipe, onde ambos davam ‘conselhos espirituais’ para casais que tinham problemas conjugais.

A pastora pediu o cancelamento do casamento e disse que perante as provas apresentadas, o juiz aceitou a anulação. "O que eu descobri é muito grave, muito grave. No dia em que eu o confrontei, ele chegou a confirmar comigo que ele tinha um quadro de homossexualidade latente no tempo vigente do meu casamento com ele, o que me fez desejar cancelar esse casamento", afirmou em um vídeo publicado em sua conta no Facebook.

Segundo ela, o mais grave foi o caso de pedofilia: "Como mãe, eu posso dizer que esses foram os piores dias da minha vida. Ele está cautelado por crime de pedofilia. Eu estou aguardando a justiça do céu e a justiça da terra".

O pastor tentou suicídio após ser confrontado e foi internado em uma clínica psiquiátrica, onde se diagnosticou "quadro de psicose maníaco depressiva com neurose grave, duplas personalidades", de acordo com Bianca. "Eu fui enganada", finalizou na época.

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