Por gabriela.mattos

Rio - O Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) pediu novamente, nesta terça-feira, a prisão dos quatro policiais militares do 41º BPM (Irajá) acusados de envolvimento na chacina de Costa Barros, na Zona Norte, em novembro do ano passado. Na ocasião, eles teriam acertado pelo menos 63 tiros contra os jovens dentro de um carro, no Complexo da Pedreira.

A decisão do MP ocorreu após 21 dias de os agentes Fabio Pizza Oliveira da Silva, Antônio Carlos Gonçalves Filho, Thiago Resende Viana Barbosa e Marcio Darcy Alves dos Santos terem conseguido liberdade por meio de um habeas corpus. 

MP pede novamente prisão de PMs envolvidos em chacina de Costa BarrosMarina Brandão / Agência O DIA

Os policiais foram denunciados por homicídio qualificado e tentativa de homicídio qualificado. Além disso, eles foram ainda denunciados por fraude processual e posse ou porte ilegal de armas de fogo de uso restrito.

Relembre o caso

?Carlos Eduardo, Roberto de Souza Penha, 16, os irmãos Wesley Castro, de 25, e Wilton Esteves Domingos Junior, de 20; Cleiton Corrêa de Souza, de 18, morreram dentro de um carro quando saíam da comunidade da Lagartixa para fazer um lanche por volta de 1h, na Estrada João Paulo.

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Pai de Roberto Penha, Jorge Roberto Lima da Penha disse que ele e os responsáveis legais pelos outros quatro jovens entrarão com uma ação coletiva contra o Estado do Rio. "Claro que vamos entrar com uma ação coletiva. Ela não vai trazer eles de volta, mas temos que fazer Justiça. Cadê as armas dos garotos? Eles não estavam armados. Quero a indenização por danos morais e materiais", afirmou, emocionado.

Feliz com o primeiro salário, Roberto saiu com os amigos para comemorar na noite daquele dia. Foram ao shopping, onde ele comprou um telefone celular, ao Parque Madureira e depois voltaram para casa. Mas, o jovem não teve tempo de usar o aparelho. Poucas horas depois, ele, os amigos acabaram sendo assassinados. O carro onde estavam pertencia a Wilton.

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