Por bianca.lobianco

Rio - O assassinato, terça-feira, da presidente da Associação de Moradores do Bairro Barbuda e pré-candidata a vereadora de Magé pelo DEM, Aga Lopes Pinheiro, aumentou para 11 o número de políticos, entre eles vereadores e pré-candidatos na Baixada executados na Região Metropolitana em pouco mais de nove meses. Só este ano foram sete mortos.

Aga foi atingida no rosto, à noite. Pelo menos quatro homens armados participaram da ação. Eles disparam contra a vítima com três tipos de armas diferentes (pistolas 9mm, 40 e 380). Uma casa vizinha ao local do crime também estava com marcas dos disparos na tarde desta quarta-feira.

A pré-candidata à Câmara de Vereadores de Magé estava em um bar na Rua A, quando bandidos desceram de dois carros e a executaram. O marido de Aga, que estava com ela, não ficou ferido.

Evaristo Pontes, adjunto da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF), afirmou que é ‘prematuro’ dizer se o motivo do crime é político, mas não descarta nenhuma hipótese.

“Foram ouvidas testemunhas, mas não dá para afirmar ainda qual é a motivação. São várias linhas de investigação. Um fato que a gente pode até colocar como principal linha é que houve uma execução. Usaram três tipos de armas”, garantiu o delegado, que não quis informar se a vítima vinha sofrendo ameaças de morte. 

Mulher de 49 anos é assassinada a tiros em MagéReprodução Facebook

O delegado afirma que há semelhanças com os outros casos, mas que ainda não é possível afirmar que os autores são os mesmos. “É um dado que chama atenção”, frisou o policial.

Em nota, o partido político de Aga Lopes lamentou a morte. “O Partido Democratas, estarrecido com tanta violência no Estado do Rio, lamenta a morte da pré-candidata e confia nas investigações para esclarecer esse crime bárbaro!”, diz o texto.

Depois de um pedido da Procuradoria Regional Eleitoral do Rio na última sexta-feira, a Polícia Federal informou ontem que abriu inquérito para apurar se as recentes mortes envolvendo pré-candidatos a vereador na Baixada Fluminense possuem conotação política.

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A investigação ficará a cargo da Delegacia da Polícia Federal em Nova Iguaçu, que apenas apurará se há viés político nos homicídios. Por enquanto, a busca pelos autores continua com a Polícia Civil. “Hoje (esta quarta-feira), chegou um pedido para que a gente investigue as mortes”, confirmou o delegado da PF de Nova Iguaçu, João Paulo Garrido. 

A Baixada ganhará ainda esta semana o reforço de 400 policiais militares, que vão trabalhar no esquema de Regime Adicional de Serviço (RAS), espécie de hora extra. Como o Informe do Dia antecipou na internet, o secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, recebeu esta quarta-feira o aval do governador em exercício, Francisco Dornelles, para implementar a medida

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