Por bianca.lobianco

Rio -  O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) do Ministério Público do Rio (MPRJ) e a Polícia Federal deflagraram, na manhã desta quinta-feira, a Operação Segurança. O objetivo é cumprir mandados de prisão preventiva contra nove pessoas no Rio e em Santa Catarina, incluindo um policial militar, envolvidas em um esquema de arrombamento e furto de caixas eletrônicos do Banco do Brasil.

Essas pessoas são acusadas dos crimes de furto qualificado e organização criminosa. Os mandados de prisão foram expedidos pela juíza titular da 1ª Vara Criminal de Duque de Caxias, Alessandra da Rocha Lima Roidis. Ao todo, 21 pessoas foram indiciadas pela Polícia Federal nos crimes de furto qualificado e organização criminosa.

De acordo com a PF, o bando era liderado pelo PM Aldecir Ladeira Serafim, vulgo “Bruno” ou “Papel”, que recrutava comparsas de outros estados, como Santa Catarina. Aproveitando-se da condição de policial, cooptava outros colegas, que prestavam auxílio direto à quadrilha, acompanhando em tempo real o deslocamento das viaturas da Polícia Militar. Por meio de radiofrequência, alertavam os demais criminosos caso alguma viatura com policiais que não faziam parte do esquema se dirigisse à agencia bancária alvo do furto. 

Antes de iniciar o arrombamento, integrantes da quadrilha pichavam as câmeras de segurança e saiam do estabelecimento bancário. Caso nenhum viatura se aproximasse no local, eles retornavam com equipamentos, como maçaricos e “serras-copo”, necessários à destruição dos mecanismos de segurança existentes nos caixas eletrônicos. 

De acordo com a denúncia, a quadrilha era dividida em três núcleos. O primeiro era responsável pela escolha das agências e pela preparação do estabelecimento (desativando o sistema de alarme e vigilância e atuando no corte e arrombamento dos caixas eletrônicos). O segundo tinha a função de selecionar as agências vulneráveis, além de adquirir e guardar o maquinário próprio, utilizado durante a ação. O terceiro era composto por “olheiros”, que vigiavam o perímetro do local do roubo.


 

 

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