Por clarissa.sardenberg

Rio - Um suspeito de terrorismo que postava mensagens de apoio ao Estado Islâmico na Internet foi preso na noite desta quarta-feira em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. A Polícia Federal acredita que Chaer Kalaoun era pago pelo grupo para recrutar pessoas no Brasil, de acordo com o "R7". Ele foi encaminhado para o presídio de Água Santa, na Zona Norte do Rio. A prisão teve base na lei antiterrorismo e ocorre há nove dias dos Jogos Olímpicos.

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O advogado de Kalaoun nega que seu cliente tenha qualquer envolvimento com os terroristas, mas ele já era monitorado pela agências de inteligência e segurança norte-americanas CIA e FBI.

Kalaoun estava na casa de sua mãe quando foi surpreendido pelos policiais. De acordo com as investigações, ele também gostava de ficar em um apartamento da família em Copacabana, na Zona Sul, onde circulava com carros de luxo.

Seu envolvimento com terrorismo parece ter tido início quando visitou a avó no Líbano, em 2013.Na ocasião, ele postou imagens segurando um fuzil e publicou vídeos mostrando como acionar detonadores.

Em 2014, Kalaoun retornou ao Brasil e foi visto com bandeiras do Estado Islâmico. Ele chegou a ser detido pela PF durante a Copa do MUndo após a polícia descobrir que ele havia comprado uma arma automática.

Nas redes sociais, não é mais possível encontrar os perfis de Chaer Kalaoun, mas em sites de busca ainda há registros de suas mensagens de ódio. Em uma delas, ele afirma que "não adianta prender ninguém", para que funcione é só "matar" ou "decepar a mão dele".

Segundo a família, Kalaoun é comerciante e um homem tranquilo, mas ficou com problemas psicológicos após perder o pai, de origem libanesa, há alguns anos. Sua mãe contou que ele toma antidepressivos.

Na última semana, 12 pessoas foram presas, em diferentes estados, na Operação Hashtag, por envolvimento com terrorismo.

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