Por gabriela.mattos

Rio - O desembargador federal Marcello Granado, presidente da 5ª Turma Especializada do TRF2, determinou a interrupção da greve e o imediato retorno ao trabalho dos servidores do Instituto Nacional do Câncer (INCA). Os profissionais estavam paralisados desde a última segunda-feira.

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Segundo a decisão, estão ainda proibidas manifestações e piquetes que possam prejudicar o acesso de funcionários e da população às unidades do órgão que é referência no tratamento da doença. Caso a medida seja descumprida, os eles terão que pagar multa diária de R$ 100 mil.

Servidores do Inca protestaram pelas ruas do Centro na última segunda-feiraPaulo Carneiro / Parceiro / Agência O Dia

Em sua petição, a União sustenta que os grevistas vêm causando "constrangimento à população, por meio do bloqueio de diversas públicas no entorno dos prédios do Inca prejudicando a circulação de trabalhadores que não aderiram ao movimento".

Granado destacou ainda que a greve gera risco de dano não apenas à instituição "que já opera com várias restrições em razão da falta de recursos públicos, mas principalmente para todos os pacientes portadores de câncer obrigados a enfrentar a longa lista de espera por cirurgia de oncologia do Inca".

De acordo com o desembargador, os grevistas não estão atendendo à obrigação legal de manter a prestação de serviços indispensáveis à população e que o instituto já está sendo obrigado a rever sua agenda de procedimentos cirúrgicos, por conta da interrupção do atendimento.

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